Masculinidades tóxicas e Necropolítica: anatomia masculina do golpe brasileiro Por Marlise Matos
O Brasil entra na era da necropolítica pelas mãos de um governo ilegítimo povoado de masculinidades tóxicas.
Uma política de morte, que odeia tudo e todxs que não são homens, brancos, heterossexuais, escolarizados, burgueses, de meia idade que topam qualquer "esquema" para se dar bem.
Uma necropolítica gerida e festejada por masculinidades tóxicas que recebem em conluio palacianos usurpados: estupradores, corruptos, corruptores, traidores, conspiradores, messiânicos, manipuladores da boa fé que intoxicaram o país com seu afeto típico - o ódio.
São masculinidade viris-violentas que reclamam/manifestam, rechaçam, vingam, ameaçam/intimidam, saqueiam, corrompem qualquer diferença sobre as quais percebam o odor apodrecido da predação de um/a "inferior".
A malignidade óbvia transborda no sorriso cínico, na piada pronta, no escárnio cotidiano de quem veio, entre nós, para semear discórdia e gozar do poder ter poder em si mesmo.
À essas masculinidades tóxicas que querem nos impregnar a fórceps vamos reagir e responder com a alegria política de um feminismo renovado e renovador.
Dessa necropolítica vamos ressurgir mais poderosAs e empoderadAs e, regurgitado esse vômito de asco e morte, reconstruir em nós a democracia desse país. Não será fácil, mas será e já é lindo.
NOVA YORK, 26 de maio de 2016.
Marlise Matos: Masculinidades tóxicas e Necropolítica: anatomia masculina do golpe brasileiro
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