Já que os cidadãos paulistanos não podem contar com uma Assembleia Legislativa para defender nossos direitos, parece que o legislativo municipal resolveu se mexer.
Lembrando que a SABESP já anunciou que vai aumentar a tarifa de água novamente (já houve aumento considerável em dezembro de 2014).
Desde janeiro os paulistanos foram forçados a economizar água com racionamento e a falta d'água pura e simples como é comum aqui na região onde moro que a partir das 18H não tem uma gota na torneira e em alguns dias a pressão diminui tanto que não enche a caixa de água.
A Sabesp calculou o gasto médio e impôs uma redução de consumo abaixo da média para cada morador, se ultrapassar o que já está abaixo da média, o consumidor paga multas. Conclusão, os paulistanos passaram a economizar água forçadamente, somos premiados por isso? Claro que não, segundo o diretor da SABESP, a economia de água dos paulistanos diminuiu a arrecadação da Sabesp, logo os acionistas lucram menos, logo o diretor da SABESP já fala em novo aumento em menos de 5 meses na conta de água.
É mole ou quer mais? Pois, aí vai: os grandes consumidores além de gastar um volume 20, 30, milhares de vezes maior que as residências médias são premiados com descontos incríveis em suas contas.
Vereadores acionam MP para responsabilizar Sabesp pela crise da água
Por: Assessoria Coletiva da Bancada do PT
05/03/2015
Parlamentares apresentam a representação nesta quinta-feira, 5, com pedido de investigação de improbidade administrativa
A Bancada do PT vai acionar o Ministério Público do Estado de São Paulo para denunciar as ações e omissões da Sabesp que contribuíram para potencializar a grave crise no abastecimento da água em São Paulo. Os petistas questionam a falta de transparência nas informações e a opção político-eleitoral em não assumir a crise, mas implementar rodízio, diminuição da pressão e racionamento.
Na opinião na vereadora Juliana Cardoso, líder do PT, a diretoria da Sabesp penaliza os consumidores. “Quem está sofrendo com os sucessivos equívocos e a péssima gestão da Sabesp é a população de São Paulo. O cidadão acorda e não sabe se terá água na torneira. Identificamos casos de pacientes que não tem água para realizar hemodiálise, aumento nos casos de dengue e estudos que apontam para uma situação de caos generalizado”, reclamou a parlamentar.
O documento elaborado pela Liderança do PT aponta como exemplo a ausência de um Plano de Contingenciamento para ações durante as situações de emergência e de estudos ou projetos que apontem para a redução da dependência do Sistema Cantareira. Para os vereadores petistas a Sabesp ignorou os diversos estudos publicados sobre ações que deveriam ser tomadas. Da mesma forma, os programas de controle de perdas, uso racional da água, combate ao desperdício e incentivo ao reuso da água foram ineficientes.
“A Sabesp ignorou as normas da ABNT [Associação Brasileira de Normas Técnicas] para diminuir a pressão da água abaixo do recomendado. O cronograma de obras está atrasado em uma década e eles – a diretoria da Sabesp – ainda descumpriram as determinações da outorga assinada com a Agência Nacional de Águas e o Departamento de Águas e Energia Elétrica do estado de São Paulo. Isso tudo é mais do que suficiente para iniciar um processo de improbidade”, destacou o vereador Paulo Fiorilo, presidente do Diretório Municipal de São Paulo e um dos signatários da representação.
O Procurador Geral do Ministério Público Dr. Márcio Fernando Elias Rosa, vai receber um grupo de vereadores da Bancada do PT às 17h30, no prédio do MP (Rua Riachuelo, 115 – Centro), para receber em mãos o documento elaborado pelos petistas. O objetivo é que seja instaurado inquérito no âmbito do Ministério Público para apurar os atos de improbidade administrativa.