Já que 140 mil professores em greve em todo estado de São Paulo parece não ser notícia para os grandes conglomerados da mídia, eles resolveram explicar diretamente à população os motivos de terem entrado em greve. Fizeram um pequeno vídeo no Youtube intitulado "você sabia?" que começa a circular nas redes sociais. É uma boa estratégia esclarecer à população a situação de calamidade pública em que se encontra as escolas paulistas.
Retrato do descaso das escolas públicas no Estado. Nas fotos, o apelo dos professores mostrando o lixo, infiltrações, cozinha interditada, goteiras e escoras no prédio escolar Professor Getúlio Nogueira de Sá. A situação é tão grave que até o G1 resolveu denunciar: G1 - Com goteiras, escola de Jundiaí tem teto escorado com canos de ferro - notícias em Sorocaba e Jundiaí.
Quem irá ser responsabilizado se este teto desabar na cabeça dos alunos?
O que o Ministério Público de São Paulo fez até agora a respeito da situação de calamidade pública de muitas escolas estaduais paulistas?
Parece que os promotores do MP Paulista estão mais interessados em judicializar as ações em prol da mobilidade urbana empreendidas pelo prefeito petista Fernando Haddad (aqui e aqui) do que garantir que o governador tucano do estado de São Paulo cumpra a lei.
Assim, já que parece que nem mesmo o Ministério Público está interessado em garantir o básico: cobrar do governo do Estado de São Paulo que cumpra o básico: prover as escolas com água, produtos de limpeza e papel higiênico, garantir salas de aula com o limite estabelecido em lei e não com mais de 80 alunos, fazer o governador cumprir o pagamento do piso nacional salarial e dar condições mínimas de higiene nas cozinhas, bebedouros e segurança nas instalações, os professores resolveram usar as redes para ver se aumentam a pressão sobre um governo completamente omisso e irresponsável não apenas com a educação pública, mas com o fornecimento da água para a população do estado e absolutamente tudo relacionado com a coisa pública no estado, dos transportes à saúde.
Sobre a greve dos professores paulistas leia também: Pedro Ramos de Toledo: A greve dos professores de SP, o silêncio e o tártaro Silvio Prado: a política deliberada dos tucanos em sucatear a escola pública