Madrasta do texto ruim escreveu este post sobre a boataria espalhada como rastilho de pólvora na rede: De créus e incréus e Azenha publicou a nota do Ministério da Fazenda comentando-a, aqui: A guerrilha da central de boatos via whatsapp. Ambos posts publicados no dia 13. Ou seja, já havia nota oficial do Ministério da Fazenda e vários posts explicando que era um boato.
A Polícia Federal vai investigar de onde partiu a a boataria. Onde estaria o foco desta boataria?
Curiosamente há exatos um ano e um mês, a Caixa foi alvo de acusações de confisco por uma revista e respondeu numa longa nota explicativa em 10/01/2014 que nenhum confisco havia sido feito:
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Brasilia, 10 de Janeiro de 2014
A Caixa Econômica Federal refuta com veemência os termos da reportagem da revista “Isto é” desta semana que tem como título “O confisco secreto da Caixa”. E tomará todas as medidas judiciais para restabelecer a verdade dos fatos e responsabilização pelos eventuais danos causados à imagem da instituição.
O texto falta com a verdade, é leviano e irresponsável.
Falta com a verdade, quando afirma que a Caixa encerrou ilegalmente as contas e confiscou recursos de depositantes de caderneta de poupança.
É leviano, quando faz acusações baseadas em relatórios não conclusivos e tirando suas análises do contexto.
É irresponsável, quando põe em dúvida a seriedade com que a Caixa administra as contas de mais de 70 milhões de brasileiros.
Eis a verdade que a “Isto é” preferiu ignorar mesmo tendo sido informada pela Caixa sobre os fatos reais: Entre 2005 e 2011, a Caixa realizou um amplo conjunto de iniciativas com o objetivo de identificar e regularizar contas com irregularidades cadastrais relativas a CPF ou CNPJ. Dentre estas iniciativas, destacam-se as tentativas de contato com os clientes, por meio de correspondência ou telefone, e o cruzamento de informações com outras bases de dados cadastrais. Também foi realizado o bloqueio da movimentação, com o objetivo de levar o cliente a entrar em contato com sua agência e, nesse momento, proceder a regularização cadastral. Como resultado desses esforços, a Caixa conseguiu regularizar, ao todo, mais de 346 mil contas com irregularidades no CPF ou no CNPJ.
Tendo em vista que a regulação expressa na Resolução CMN No 2.025/1993, na Circular Bacen No 3.006/2000 e na Carta-Circular Bacen No 3.372/2009 determina que seja efetuado o encerramento de contas com irregularidade cadastral, durante o ano de 2012 a Caixa promoveu o encerramento de 496.776 contas com CPF ou CNPJ irregulares.
Os recursos dessas contas encerradas foram registrados contabilmente na rubrica do passivo “credores diversos”. Posteriormente, fez-se o reconhecimento em “outras receitas operacionais” e, dessa forma, a sua inclusão no resultado do balanço de 2012. Esse procedimento, seguindo as melhores práticas contábeis, foi auditado e aprovado por auditorias independentes. Esse procedimento gerou um acréscimo de receita de R$ 719 milhões e, excluídos os efeitos tributários, de R$ 420 milhões no lucro líquido da Caixa.
No entanto, a partir de consulta da Controladoria Geral da União (CGU), o BACEN (Banco Central) determinou que a Caixa cessasse a prática de transferência do saldo das contas de depósito encerradas para rubricas contábeis representativas de receita, assim como a mudança de prática dos registros contábeis com base nessa diretriz.
Mesmo convicta da correção nos procedimentos adotados, a Caixa acatou de imediato a determinação do BACEN e mudou sua política de contabilização, com reflexos nas demonstrações contábeis de 2013. Isto resultará num ajuste na conta de “lucros e prejuízos acumulados” de aproximadamente R$ 420 milhões.
Diferentemente do que sugere a matéria da “Isto é”, nenhum depositante de caderneta de poupança da Caixa teve qualquer prejuízo com o procedimento adotado. Mesmo com o encerramento das contas, os clientes podem, em qualquer tempo, solicitar a retirada dos valores, devidamente corrigidos. Até novembro de 2013, 6.483 titulares de contas que haviam sido encerradas por erros de cadastro procuraram a Caixa para reativar suas contas e ter acesso aos valores depositados. Todos foram prontamente atendidos.
A Caixa assegura que todas as ações que adotou tiveram como objetivo combater e inibir fraudes cadastrais, evitar danos à credibilidade da caderneta de poupança e cumprir a normatização estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, preservando os interesses dos depositantes, protegendo os recursos confiados à instituição e cumprindo os normativos legais pertinentes e a boa prática bancária.
Três dias depois (13/01/2014) após a publicação da nota da Caixa o que publicou o site do PSDB?
O PSDB fez o que sempre faz: investe no caos, desinforma e ignora sumariamente a nota da Caixa que o partido diz defender.
O PSDB não tem nenhuma preocupação em proteger um banco público do porte da Caixa Econômica Federal. Quando no poder, o PSDB privatizou o Banespa (banco público do estado de São Paulo), o Banestado (banco público do estado do Paraná) entre outros bancos públicos estaduais. A privatização do Banestado que curiosamente tem como protagonista o doleiro Yossef (o mesmo da Operação LavaJato) já foi vista como um dos maiores crimes de corrupção e de lesa pátria entre as privatizações da Era da Privataria Tucana. FHC e demais privateiros nunca foram responsabilizados e punidos por isso. Qual destino teria a Caixa Econômica Federal com este histórico tucano de pôr fim à coisa pública? Mas uma dúvida que me assalta: a quem interessa o caos? A quem interessa destruir a imagem da Caixa Econômica Federal, da Petrobras, enfim do patrimônio do povo brasileiro? Por onde será que a polícia federal começará suas investigações? E no que elas irão resultar?