Até Aécio esconde FHC, Marina já o defendeu em 2010 e agora adota o discurso do Estado Mínimo

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Tem gente surpresa com Neca Itaú e os economistas neoliberais na campanha de Marina, ex-PT, ex-PV, ex-Rede partido travestido de não partido e que sequer conseguiu assinaturas para ser aprovado e pós-morte de Eduardo Campos PSB. Vocês se esqueceram de 2010?

Marina em diferentes momentos, mas em especial em debate questionada pelo saudoso Plínio de Arruda Sampaio que a chamava de ecocapitalista já defendia as privatizações de FHC e cortes públicos (veja matéria do Valor, abaixo de 2010).

Sabem o que significa corte nos gastos públicos? Significa menos médicos, menos crianças na escola, porque significa menos bolsa família, menos hospitais, menos Fies, menos Ciência sem Fronteiras, menos infra-estrutura, menos escolas, hospitais, ferrovias, aeroportos, menos mobilidade urbana, menos trens e metrôs, menos UPA, menos creches, menos emprego.

Significa mais concentração de renda, significa jogar a reconstrução do país com inclusão social na lata do lixo. Esse é o projeto político da ex-petista e da ex-ambientalista Marina Silva.

Marina defende privatizações de FHC e cobra corte nos gastos públicos

Fernando Taquari, Valor

17/05/2010

Em um discurso voltado para os empresários, a senadora Marina Silva (AC), pré-candidata do PV à Presidência da República, defendeu hoje as privatizações do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), cobrou uma redução dos juros e dos gastos públicos e destacou que estuda a possibilidade de fazer uma constituinte exclusiva para promover reformas estruturantes, como a tributária.

"As privatizações foram acertadas e já estão estabelecidas como um conceito, que não foi revisto pelo presidente Lula", disse Marina. A senadora, no entanto, ressalvou que, apesar dos benefícios, houve falta de transparência no processo de privatização. Marina revelou que o plano de governo do PV ainda está em fase de elaboração e, por isso, não há uma solução em relação a uma possível privatização dos aeroportos. "Não temos um marco regulatório para fazer a parceria público-privada. A mesma discussão se aplica ao caso dos portos", afirmou. Para uma plateia de 350 empresários, a pré-candidata também reiterou o compromisso com a política econômica, sobretudo no controle da inflação por meio de metas. Segundo ela, o controle dos preços não pode ser feito somente com o aumento dos juros porque pode inibir os investimentos da iniciativa privada. "É preciso controlar a inflação por outro mecanismo, como, por exemplo, a redução dos gastos públicos", avaliou a senadora. Sobre a diminuição da carga tributária, Marina ressaltou que estuda a possibilidade de criar uma constituinte exclusiva de seis meses a um ano para promover reformas estruturantes no país.

A senadora rechaçou a ideia de que fez um discurso com o objetivo de atrair os votos dos empresários ao defender as reivindicações do setor. Ela observou que apenas se posicionou a favor de um Estado mobilizador, capaz de suprir as necessidades do país naquilo que a iniciativa privada não tiver condições de prover.

Por fim, a pré-candidata do PV minimizou o resultado da pesquisa CNT Sensus, divulgada hoje, que a coloca em terceiro lugar, com 7,3% das intenções de voto. "É apenas o começo e um bom começo. Diria que tem muita água para rolar debaixo dessa ponte". No levantamento, Dilma Rousseff (PT) está com 35,7% das preferências, enquanto José Serra (PSDB) tem 33,2%.