Janio de Freitas: Alckmin foi a BSB combinar depoimentos em CPI do Metrô, se é crime para o PT e também para o PSDB

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Políticos autoritários feito Alckmin não perdem tempo, vão ser treinados para responder às questões do roubo dos cofres públicos pago em propina pelo Estado a Alstom e a Siemens e ainda fazem jogo de cena para seu eleitorado conservador.

Claro que se Alckmin pudesse encarcerava todos os meninos negros das favelas do estado para dar mais lucros aos empresários da indústria dos presídios. Mas jornalistas que fazem jornalismo sabem que o projeto tucano do senador Aloysio Nunes, denunciado no meme acima, é inconstitucional e já foi enterrado pelo próprio Senado Por isso, o que Alckmin fez no seu Facebook foi mais do mesmo de sua política autoritária, reafirmando o projeto excludente dos tucanos para delírio de seu eleitorado conservador. Mas ele não fez só isso.

Seu eleitorado conservador e mesmo aqueles à esquerda podem acreditar na desculpa esfarrapada dada por Alckmin para sua ida a Brasilia. Mas o que ele foi mesmo fazer na capital federal foi media training. No entanto não veremos isso em 'denúncia" na capa de Veja, aliás só sabemos da escandalosa corrupção dos tucanos no metrô, porque ela foi denunciada pelo Ministério Público Suíço, pois o de São Paulo, que tem lado e este não é o dos cidadãos paulistanos, enterrou as denúncias.

Janio de Freitas: Se é crime combinar depoimentos em CPI, é também para o PSDB

via Viomundo

07/08/2014

O dia em que Alckmin foi à Alstom e autorizou trens que seriam superfaturados

Se é crime, são dois

Janio de Freitas, na Folha de S. Paulo

Com os amigos que tem no PSDB, Geraldo Alckmin deve ao menos proteger as costas. Enquanto se ocupa de sua promissora campanha eleitoral, os parlamentares do PSDB que passam por Brasília qualificam como crime, e querem submetida a processos, “a armação” de parlamentares governistas e funcionários que prepararam depoentes da Petrobras para inquirições no Congresso. Bem, isso é o que senadores e deputados do PSDB aparentam à primeira vista.

Os adversários de Geraldo Alckmin jamais o identificaram com crime de qualquer espécie. Não é assim, porém, a conduta dos seus companheiros. Se atos de determinadas pessoas são criminosos, outras que os cometam, idênticos, incidem também em atos criminosos. Eis, então, o que há apenas 62 dias era publicado no Painel da Folha:

“Preocupado com a CPI mista que investigará o cartel do metrô, o governo de São Paulo começou a treinar os parlamentares do PSDB escalados para defendê-lo. Nesta quarta (4), foram ao Congresso Marcio Aith, subsecretário de Comunicação, e Roberto Pfeiffer, representante da Corregedoria do Estado” [a nota continuava].

Exatamente as providências de que os deputados e senadores ligados ao governo federal estão acusados, a propósito das CPIs sobre as suspeitas de corrupção levantadas contra a administração passada da Petrobras.

Pode-se admitir que Geraldo Alckmin não soubesse das providências de sua assessoria. O senador Aloysio Nunes Ferreira não admite. Disse ele, responsabilizando Dilma Rousseff pelo apontado acerto entre inquiridores governistas e depoentes da Petrobras: “Seria impossível que ela não soubesse que estava se armando este crime contra uma instituição da República” [o Congresso e sua CPI]. Se é “crime” e o governante dele tem conhecimento inevitável, Alckmin e Dilma estão igualados pelo candidato a vice-presidente na chapa de Aécio Neves, tanto no conhecimento como no crime.

O Painel informava ainda:

“A ordem é reduzir os danos à campanha de Geraldo Alckmin à reeleição. O presidente do PSDB paulista, Duarte Nogueira, defendeu atenção redobrada à CPI: ‘Sabemos que o PT tentará usá-la para atacar nosso governo’. O líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), também foi à reunião. Os tucanos lamentam não poder contar com o deputado Carlos Sampaio (SP) na defesa do governo paulista. Ele já estava escalado para fustigar o Planalto na CPMI da Petrobras”.

Por incompetência açodada ou descuido preguiçoso, para não falar em omissão hipócrita, os parlamentares do PSDB decidiram explorar eleitoralmente a denúncia sensacionalista de uma banalidade, no entanto, também por eles praticada. Com igualdade até no objetivo eleitoral que atribuem aos governistas: “A ordem é reduzir os danos à campanha” de Alckmin.

Em obediência ao seu zelo pela ética parlamentar, Renan Calheiros, presidente do Congresso, decidiu que uma comissão investigue a denúncia de “armação” na CPI da Petrobras. Mas, até por experiência própria, ou a das suas vaquinhas coadjuvantes em certo inquérito do Senado, Renan Calheiros sabe que os partidos se representam nas CPIs para a defesa combinada de seus correligionários e ataque combinado aos adversários. Farsa, como sabe a imprensa, é fingir que as CPIs não são assim.

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