Uma das colunistas mais urubus do jornalismo monopolizado é Eliane Cantanhêde.
Ela é do tipo que anuncia uma margem de erro em pesquisa do IPEA como catástrofe. É o caso da pesquisa PNAD onde em 2013 houve variação do número de sem renda de 10,08 milhões para 10,45 milhões. Como o próprio IBGE esclarece, a Pnad "é amostral, o total de indivíduos sem declaração de rendimentos tem flutuação anual diferenciada. Além disso, uma parcela também anualmente distinta dos informantes se recusa a prestar informação sobre a renda. Os métodos para os cálculos com a variável renda e as demais variáveis devem, portanto, considerar as possíveis flutuações existentes nas variáveis utilizadas."
Desse modo o próprio IBGE informa que:
1) a pesquisa é auto declarada, ou seja, a pessoa pode se recusar a dizer quanto ganha
2) que o IBGE não checa com outros dados objetivos.
O governo afirma que todos os outros índices que dispõe mostram que a pobreza caiu. Não há porque mentir sobre isso, já que este governo tem um compromisso inegável com o combate à miséria e depende de inúmeros outros levantamentos pra fazer suas políticas públicas focada neste objetivo.
Colunistas como Cantanhêde se agarram nessas picuinhas para dizer que o país está indo para o buraco, pra estimular o discurso dos que estigmatizam os beneficiários do Bolsa Família como Bolsa 'preguiça'...
Vejam, é a primeira vez em 10 anos que houve uma variação para cima de 370 mil pessoas que declaram não ter nenhuma renda. Mas durante a última década as pesquisas do PNAD que mostraram que a miséria no país caía a olhos vistos não foram dignas de estardalhaço em manchetes, ou tema das colunas dos bastiões da direita do jornalismo monopolizado. Ao contrário, o crescimento do país, a diminuição da miséria a geração de mais de 25 milhões de empregos formais foram menosprezados. Da mesma forma não mereceram a devida atenção os dados impressionantes que mostram que em 2001 havia 50 milhões de pessoas em situação de indigência e recorde de desemprego para a situação de hoje com índices baixos de desemprego e com a inclusão de mais de 50 milhões de brasileiros no mercado de consumo. Hoje, a maioria dos brasileiros estão na classe média, está emprega, estuda mais.
Já nos tempos dos tucanos que Eliane é porta-voz, uma simples olhada nos arquivos da própria Folha nos mostra o tamanho da miséria e caos que o país estava mergulhado nos tempos de FHC:
Entre os que receberam bilhete azul na Folha de São Paulo estão Fernando Rodrigues e Eliane Cantanhêde. Enfim, parece que a Folha passou a acreditar no discurso de catástrofe de seus próprios colunistas e eles passaram a ser tratados como estatística, a mesmo estatística sombria propalada na falecida coluna de Cantanhêde e das demais viúvas tucanas que vociferam diuturnamente na mídia monopolizada.