"Eu sempre agi priorizando as pontes, as janelas e portas abertas e não os muros", diz Jean Wyllys, deputado federal do PSOL, reeleito pelo Rio de Janeiro, ao defender a reeleição de Dilma em evento suprapartidário em São Paulo, na tarde de ontem.
"Depois do resultado das eleições do primeiro turno, mais que nunca eu não poderia ficar em cima do muro, eu precisava me posicionar", ressaltou ainda que é um posicionamento que tensiona a candidatura de Dilma Rousseff pra esquerda e foi muito aplaudido.
"Sempre fiz críticas pautadas na ética, mas não vou negar o óbvio: a vida das pessoas melhorou nos governos petista. A vida da grande maioria dos brasileiros melhorou e eu digo isso não é olhando à distância, é a partir de minha própria experiência, da experiência da minha família" Jean conta como seus familiares que viviam de aluguéis precários, a partir de políticas públicas dos governos do PT melhoraram de vida e seus tios e primos hoje tem casa própria. Para Jean, este é um dos motivos que justifica sua opção por defender a reeleição da presidenta Dilma Rousseff: os governos do PT produziram diferenças significativas na vida da pessoas.
Jean conta que quando estudou na UFBA era o único que usava transportes públicos pra ir à Faculdade e era o único que trabalhava, hoje ao voltar à universidade ele vê a real diferença produzida pelos governos petistas: ela tem mais negros, está repleta de pessoas vindas da periferia, é mais inclusiva. Por isso, de acordo com Jean, é preciso além de declarar voto, apoiar a reeleição da presidenta Dilma.
Jean chama a atenção também para o Congresso conservador que foi eleito, apesar de candidaturas vitoriosas em defesa dos direitos humanos como a sua reeleição. Para ele, se pensarmos nos primeiros colocados, todos conservadores, de diferentes estados, "a democracia corre grande risco", de acordo com Jean:" É muito arriscado quando há um alinhamento político ideológico entre os poderes executivo e o Congresso Nacional que é o que vai acontecer se caso, na hipótese de Aécio Neves se eleja. Claro que não vai, óbvio que não vai! Aliás, por isso mesmo e contra este alinhamento ideológico, entre o Executivo e a maioria do Congresso Nacional é que temos que votar na presidenta e candidata Dilma Rousseff."
Jean responde aos que o criticam pelo seu apoio à presidenta: "Eu não lavo as mãos como Pilatos, Não vou lavar as mãos, porquê o ato de Pilatos de lavar as mãos, de não se posicionar, custou a vida de Jesus, levou Jesus à execução."
Jean, ainda conclama aos apoiadores de Dilma que façam uma campanha de esclarecimento, mostrando os motivos que nos move a reeleger Dilma Rousseff.
É um belíssimo depoimento, assista-o e se inspire. Com o meu querido amigo, sempre ético e coerente.