MST, agricultura familiar seus lindos, vende direto para nós, sem passar pela intermediação dos Pães de Açúcar que triplicam o preço dos orgânicos.
Tomara que Haddad com dó de nós, faça feiras livres semanais do orgânicos, que tal gente, bora reivindicar?
São Paulo não tem terras pra repartir, o que Haddad pode negociar com o MST são os produtos da reforma agrária para alimentação das crianças, aliás há uma lei que garante que 30% das compras da prefeitura seja da agricultura familiar.
O primeiro passo ele já deu, recebendo o MST e literalmente botando o chapéu. Audiência do prefeito Fernando Haddad @Haddad_Fernando com João Pedro Stédile e a direção do MST na manhã de sexta, 19/04. Foto: gentilmente cedida pelo Igor Felippe Santos, MST, durante a plenária da FNDC.
Os assentados e a agricultura familiar precisam de apoio pra distribuição, só para exemplificar: um suco de uva orgânico chega aos grande supermercados por X e são vendidos por 3X, não dá! Se houver políticas que permitam que estes produtos sejam distribuídos sem intermediação logicamente eles vão chegar até nossas mesas mais baratos.
Do contrário nos restará o envenenamento.Agronegócio amplia uso de venenos e aplica 820 mil toneladas de agrotóxicos
Por Gerson Freitas Jr, Do Valor Econômico,via MST
18/04/ 2013
Impulsionado pela venda de inseticidas, o mercado brasileiro de defensivos agrícolas cresceu 14,4%, ou US$ 1,2 bilhão, e alcançou a marca recorde de US$ 9,71 bilhões (cerca de R$ 19,5 bilhões) em 2012. Ao todo, foram comercializadas 823,22 mil toneladas de produtos químicos para o controle de pragas e ervas daninhas nas lavouras, um aumento de 12,6%.
Com isso, o Brasil mantém a posição de segundo maior mercado mundial para agrotóxicos. O país fica atrás apenas dos Estados Unidos, onde as vendas movimentaram US$ 12,9 bilhões (cerca de R$ 26 bilhões) no ano passado, de acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).
Em moeda local, o setor consumiu o equivalente a 7,9% do valor bruto da produção agrícola do Brasil, estimado pelo governo em R$ 246,2 bilhões no ano passado.
Os dados sobre o mercado brasileiro foram apresentados ontem por representantes do Sindicato Nacional da Indústria de Defensivos Agrícolas (Sindag) e da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef).
Segundo as entidades, os inseticidas responderam pela metade do crescimento e foram, pelo segundo ano seguido, a categoria de produto que concentrou o maior volume de vendas.
O segmento gerou uma receita de US$ 3,6 bilhões, o que significou um crescimento de 22,4%, ou US$ 660 milhões, sobre 2011. Com isso, sua participação na receita total cresceu de 35% para 38%.
Os inseticidas são o segmento de maior valor agregado para a indústria de defensivos. Respondem por quase 40% da receita, mas representam apenas 22% do volume.
O diretor-executivo da Andef, Eduardo Daher, afirma que as vendas de inseticidas foram puxadas pela maior incidência de lagartas, apesar do crescimento da área plantada com transgênicas resistentes ao inseto.
O representante lembra que o resultado ainda não leva em conta a venda de produtos para o combate da helicoverpa armigera, espécie identificada pela primeira vez no Brasil na safra 2012/13 e que já causou prejuízos da ordem de R$ 2 bilhões aos produtores de soja e algodão.
Em março, o governo liberou, em caráter emergencial, a importação de defensivos à base de benzoato de emamectina para combater a nova espécie. "A lagarta será controlada neste ano, mas ainda não sabemos a que custo. O produtor vai sentir falta de produtos que eram eficazes e foram proibidos no Brasil", afirma Daher, referindo-se ao agrotóxico metamidofós, banido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em julho do ano passado por oferecer riscos à saúde humana.
As vendas de herbicidas (produtos usados no combate a ervas daninhas) avançaram 14,2%, ou US$ 392 milhões, para US$ 3,13 bilhões no ano passado - o equivalente a 32% de toda a receita do setor. Em volume, o segmento cresceu 16,9%, para 469,72 mil toneladas, o que representa quase 60% de todo o volume de agrotóxicos movimentado no Brasil.
Já o mercado de fungicidas cresceu 6,6%, ou US$ 153 milhões, para US$ 2,46 bilhões, embora o volume tenha caído 11,3%, para 96,99 mil toneladas - um reflexo da estiagem que comprometeu a produção de grãos na região Sul do país na safra 2011/12.
Mais de 80% das vendas de defensivos no Brasil são destinadas a cinco culturas - soja, cana, milho, algodão e café. A soja é o principal mercado para os fabricantes de defensivos. No ano passado, a receita gerada pela cultura cresceu 23,6%, para US$ 4,56 bilhões ou 47% das vendas totais. Só a venda de produtos para combater a ferrugem da soja totalizou US$ 1,5 bilhão.
A cana-de-açúcar é o segundo principal produto. No ano passado, o segmento consumiu US$ 1,2 bilhão em defensivos, um aumento de 26,8%. O milho superou o algodão e se tornou o terceiro maior consumidor desse insumo, tendo movimentado US$ 915 milhões no ano passado - aumento de 23,5%.
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