Por Vinícius Duarte, via Facebook
11/03/2013
Acabei de ver um vídeo de um integrante dessa tal de TelexFREE dizendo que o "negócio" já tem 680 mil "divulgadores". Li também um dos sócios dessa arapuca dizendo que paga R$ 30 milhões por mês em comissões aos associados.
Fazendo uma conta rápida, se cada um investiu US$ 299 no esquema, o bolo da fraude já passou da casa dos R$ 400 milhões. Equivale a uns 4 "mensalões", pra fazer uma comparação bombástica :).
Quem está no topo da pirâmide (os que entraram primeiro) anunciam nas redes sociais compra de carros de luxo e exibem extratos bancários com depósitos oriundos da Telexfree de R$ 100, 150 mil, o que atestaria o "grande negócio" (e atiça a ganância de quem está fora, trazendo mais trouxas para o esquema).
Passou da hora de a polícia, MP, Receita Federal e A IMPRENSA (sim, ela) irem COM TUDO pra cima desses caras, antes que o pior aconteça. O golpe está sendo aplicado, majoritariamente, em cidades do interior do Brasil, algumas muito pobres. Pessoas humildes estão se desfazendo de seus poucos bens e até fazendo empréstimos bancários para ganhar o tal "dinheiro fácil".
"Ah, mas quem mandou ser trouxa?"
Não é assim que a banda toca, pessoal. É dever do Estado proteger o cidadão, seja ele trouxa ou não. Promover esquema de pirâmide, pichardismo ou corrente financeira é CRIME contra a economia popular (Lei n.º 1521/51, art. 2º, IX). Essa brincadeira vai acabar mal, pessoas perderão dinheiro e amigos. Numa cidade pequena, um estouro de pirâmide pode causar revolta generalizada contra quem introduziu o esquema e se deu bem à custa dos vizinhos.
A maior dificuldade, nesta altura do campeonato, é encontrar quem já tenha sido lesado pela empresa e a denuncie, pois o estágio atual da fraude ainda permite que os participantes consigam algum retorno financeiro. Mas isso deve acabar em breve, e quem entrar no fim (quando se trata de pirâmides, NUNCA se sabe quando será o fim - explode do dia pra noite) vai perder tudo o que entregou.
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