O Pinheirinho da Rede Globo foi legalizado pelo Estado Por Wilian César 27/01/2012 O mesmo governo que não legalizou o pinheirinho, presenteou a Rede Globo de televisão com um terreno de R$ 11 milhões.
< Como diria o Sílvio Santos :"É dinheiro ou não é?"
Abaixo o parque Agusta, agora definitivamente sancionado por Haddad para a população de São PauloNo último domingo, a Polícia Militar de São Paulo usou de sua peculiar truculência para expulsar as 1600 famílias do acampamento Pinheirinho, em São José dos Campos, interior de São Paulo. A área foi devolvida ontem para a massa falida da empresa Selecta, do especulador Naji Nahas.
Durante os oito anos de ocupação,o prefeito José Eduardo Cury (PSDB) procurou dificultar ao máximo as negociações para que o terreno fosse declarado como "Zona especial de interesse social", medida necessária para desapropriar e legalizar a área para os moradores.
Depois foi a vez do governador Geraldo Alckmin recusar qualquer acordo. Mesmo havendo a oportunidade de solicitar um prazo junto à Justiça para adiar a reintegração e tentar uma decisão conjunta com os governos municipal e federal, ele resolveu colocar a polícia em campo e deixou toda aquela gente na sarjeta.
O interessante nessa história toda é que o governo não apresentou o mesmo comportamento quando a invasão partiu do maior canal de tv do país. É dela mesmo que eu estou falando, a Rede Globo de televisão.
Para quem não conhece a história, durante 11 anos a Rede Globo se apropriou de um terreno público localizado ao lado de sua sede em São Paulo. O local fica em uma da regiões mais cobiçadas pelo mercado imobiliário, tem 11.600 metros quadrados e está avaliado em R$ 11 milhões.
A emissora dos Marinhos cercou e transformou o lugar verde de praça pública em espaço privado, de modo que qualquer cidadão (não global) que se aproximava era barrado e expulso pelos seguranças.
Em 2010, a denúncia da invasão foi ao ar no programa Domingo Espetacular, da Rede Record, então o governador José Serra resolveu legalizar o terreno para a Globo.
Na tentativa de abafar o caso, Serra e Globo firmaram um convênio e decidiram construir uma escola técnica no local. A instituição não visa oferecer cursos de interesse do público, mas sim da própria emissora: (Multimídia e Produção de áudio e vídeo). Só para variar, Serra ainda batizou o lugar de "Jornalista Roberto Marinho".
Governo e Globo se saíram bem na história, e não deram ao povo nenhuma explicação sobre os anos de ilegalidade do canal e omissão do Estado.
Já pensou na Polícia Militar expulsando os executivos da "vênus platinada" com tiros de borracha, bombas, cachorros e cassetetadas?
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