Não esperava outra atitude da CUT: repúdio contra a violência policial e solidariedade aos professores em greve do Rio de Janeiro que lutam por seus direitos e em defesa da educação pública.
Observem as fotografias: quando profissionais da imprensa (para cobrirem manifestações de professores!) usam grandes viseiras, máscaras contra gases venenosos e até capacete, a gente tem a ideia do despreparo da polícia em lidar com manifestações pacíficas. Temos ideia da força bruta desmedida usada contra os manifestantes, do uso desmedido de armas (que podem sim ser letais). Ou já nos esquecemos do fotógrafo ferido pela polícia durante as jornadas de junho que ficou cego? Fonte das imagens: G1
CUT repudia violência da PM do Rio contra os profissionais da educação e exige a retomada das negociações
Para Central, truculência contra trabalhadores é análoga aos tempos da ditadura e envergonha o Brasil
Escrito por: CUT Nacional
Leia também02/10/2013
A Central Única dos Trabalhadores vem a público expressar sua indignação e repúdio à ação truculenta da Polícia Militar do Rio de Janeiro, sob o comando do governo do estado, contra trabalhadores e trabalhadoras das redes municipal e estadual de ensino.
A Central manifesta seu apoio à greve dos profissionais da educação do Rio de Janeiro e presta sua solidariedade à categoria que, lamentavelmente, tem sido reprimida, tolhida do direito à legítima manifestação em defesa de melhores condições de trabalho, respeito e dignidade.
A violência exacerbada e abusiva a qual os educadores do Rio de Janeiro têm sido vítimas soma-se à falta do diálogo efetivo e necessário. Esses tristes episódios de agressão nos levam a reafirmar que o modelo de segurança pública adotado por vários estados de nosso país continua obsoleto - não acompanhou as transformações ocorridas no Brasil e do mundo nos últimos 50 anos.
Os profissionais da rede municipal de ensino reivindicam reajuste de 19%, plano de carreira unificado, entre outros pontos. Os da rede estadual, dentre as principais reivindicações estão reposição de 20% e plano de carreira unificado, com paridade para aposentados.
Dialogar é parte do processo educacional e os professores exigem negociações efetivas. A população do Rio não pode ficar refém da intransigência dos governos municipal e estadual.
A CUT Nacional e a CUT-RJ declaram seu total apoio às manifestações e exige a retomada imediata das negociações dos governos do estado e município com a categoria.
São Paulo, 02 de outubro de 2013.
VAGNER FREITAS DARBY HELENO IGAYARA
Presidente Nacional da CUT Presidente da CUT-RJ
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