Estive no evento Estudantes do Prouni com Haddad. Este foi o mais emocionante de todos eventos que acompanhei nesta campanha para as eleições 2012. Minha filha que tem 16 anos, fez questão de tirar seu título de eleitor e que nunca havia presenciado um discurso do Lula, gostou, mas disse que ficou mesmo impressionada foi com os relatos dos alunos do Prouni.
Um milhão de jovens entraram na universidade graças ao Prouni, quatrocentos mil deles são jovens negros.
Este foi um dos programas mais atacados pelo DEM que além de mover ação de inconstitucionalidade contra as cotas na universidade também entrou no STF para tentar acabar com o Prouni.
Quando essa política pública foi implementada até mesmo a esquerda petista atacava o Prouni, hoje só uns gatos pingados da extrema esquerda que não se dão ao trabalho de sentar para lerem as pesquisas acadêmicas sobre o programa continuam com os críticas sem fundamento ao programa.
Como bem percebeu minha filha ouvir as belas e tocantes histórias de superação de alguns desses jovens foi a parte alta do evento. Foi só quando eu os ouvi que entendi perfeitamente porque Frei David da EducaAfro sempre defendeu o Prouni.
O programa inclui jovens negros da periferia como Jean que disse em alto e bom som para o auditório lotado da UNINOVE ouvir: "Nós, jovens negros não fomos feitos para morrer", ou a jovem filha de vigia que faz medicina e defende a saúde pública com garra, ou o estudante de Direito da PUC e blogueiro, Hugo Albuquerque, que defende o Prouni melhor que a campanha do Haddad.
Graças ao Prouni, graças ao presidente Lula, graças ao Haddad jovens pobres negros e brancos podem ser médicos, administradores, advogados e tantas outras profissões que até pouco tempo atrás eram reservadas a uma pequena elite.
Mas não pára por aí: o Prouni não possibilita apenas o acesso da população de jovens pobres que faz parte da primeira geração da família a cursar o ensino superior e, muitas vezes, a ser diplomada em profissões socialmente valorizadas, o Prouni possibilita a politização da juventude brasileira que sistematicamente foi excluída geração por geração e que só vinha sendo utilizada como mão de obra barata ou alvo das mais cruéis das violências: drogas, assassinatos...
Meninos e meninas com acesso ao ensino superior (Sâo Paulo é a cidade mais atendida pelo PROUNI- e isso derruba uma outra falácia da oposição psdemodutana de que o governo federal não investe na cidade) vivenciam a vida acadêmica, participam de centros acadêmicos, discutem políticas públicas e fazem suas escolhas. A professora Avelina percebeu isso claramente: O Prouni é educação política.
Por isso não deixa de ser curioso que o único representante do coro dos descontentes no evento dos Estudantes do Prouni com Haddad tenha servido unicamente à mídia velha e a quem ela serve: os mesmos que durante os 8 anos do governo Lula atacaram em seus veículos todas as políticas públicas do ex-presidente.
Agora reparem outra coisa curiosa: o estudante que fez o 'protesto' escreveu paralisação com Z. Procure alguma imagem na grande mídia que noticiou esse episódio como sendo "o acontecimento" que ocorreu durante a plenária de Lula, Haddad e os estudantes do Prouni e veja se você consegue encontrar uma foto ou alguma menção nos textos da mídia velha sobre o fato de seu porta-voz (e da oposição disco arranhado 'mensalão') não saber escrever a palavra "paralisação". Veja, por exemplo, no Estadão; no G1 ou em blogs anti-petistas.
Só um detalhe: o espaço reservado à imprensa foi de onde tirei a foto reproduzida acima e onde estavam posicionados jornalistas, fotógrafos e cameramen. Não é possível que só eu tenha conseguido ler o cartaz e produzido a imagem.
Agora, imagine se fosse um evento da campanha do Serra, um estudante portando um cartaz pró-Lula com erro de ortografia, você acha que o ângulo da foto seria o mesmo que os escolhido pela grande mídia? _______________ Publicidade // //