SOCIEDADE DE CLASSES E MIDIA
Por: Marcio Sotelo Felippe, Via Facebook
21/07/2012
A polícia de São Paulo está matando alucinadamente na periferia. Já morreram mais de 200 nas última semanas. Quem entende de Segurança Pública sabe que essas coisas não acontecem por acaso.
A polícia está matando porque matar é hoje em São Paulo uma política de Estado. Mas às vezes as coisas fogem do controle e acaba sendo assassinado, gratuita e estupidamente, alguém de classe média.
A imprensa, que estava calada enquanto se perpetrava um genocídio na periferia, abre manchetes. De ontem para hoje, a Folha de São Paulo deu ao caso umas 4 páginas do Cotidiano. Uma colunista da página 2 escreve então para dizer que a Segurança Pública será necessariamente tema da campanha pela prefeitura, e até menciona, para meu espanto, Pinheirinho, solenemente ignorado naquele jornal. Mas só se lembra de dizer isso quando a violência do Estado atinge alguém que é seu espelho.
O governador de São Paulo acaba de ser denunciado pelas violações de direitos humanos no Pinheirinho e quem lê apenas a versão impressa não foi informado disso. Aliás, nem a Folha, nem qualquer outro veículo da grande imprensa deu.
Há um Brasil invisível, o dos miseráveis, o Brasil que mora na periferia. Nesse Brasil não há Constituição, não há Código Penal e a pena de morte é aplicada sumariamente a juízo de um capitão da PM.
Nesse Brasil a vida humana custa exatamente a bala do soldado da PM. Mas quem está atrás do gatilho é o outro Brasil, o Brasil visível, que sai no jornal e escreve no jornal. Por ação ou por omissão.
___________ PublicidadeFAROESTE PAULISTA
Por Victor Farinelli, Facebook
21/07/2012
Em 2010, os paulistas escolheram (pela quinta vez consecutiva) um governo que mata pessoas porque supostamente se confundiu um celular sem bateria com uma arma de fogo.
Os autores desse absurdo estão presos porque mataram um rico paulistano, pois no mesmo dia outros policiais mataram um pobre na Baixada Santista e não lhes aconteceu nada.
Algumas publicações que vivem de glorificar tudo o que os tucanos fazem em São Paulo resolveram justificar a PM, dizendo que são casos isolados.
Quisera eu saber quantos milhares de casos isolados vamos ter que aguentar até que as pessoas comecem a rejeitar um governo cuja política de segurança é uma polícia que atira primeiro prá depois ver o que o cadáver tinha feito prá merecer a bala.