Alckmin que fala grosso com Pinheirinho é sujeito oculto na cobertura da Globo sobre a violência em SP

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JORNALISMO DE SUJEITO OCULTO

Por Leandro Fortes, em sua página do Facebook

Todo dia, em frente a diversos aparelhos de TV ligados na Rede Globo, tenho sido obrigado a assistir, com uma frequência assustadora, muitas edições do “Bom Dia Brasil” enquanto me exercito nas esteiras e bicicletas ergométricas da academia onde me enfiei para fazer ginástica. Assim, hoje bem cedo, pude notar a forma peculiar de o noticiário da Globo cobrir a onda de violência em São Paulo, onde foram registrados diversos assassinatos de policiais militares, de parentes de PMs, mortos por balas perdidas e ônibus incendiados. É mais ou menos assim: 1) Bandidos decidiram matar policiais, mas não se tem a menor ideia do porquê dessa decisão. Parece ter havido uma espécie de geração espontânea. 2) Não se toca no nome do governador Geraldo Alckmin, nem do secretário de Segurança Pública. Muito menos se fala em PSDB. “Governo tucano”, claro, nem pensar. Quem pega o noticiário pelo meio, pode imaginar que os fatos talvez estejam acontecendo em Pasárgada ou Xangrilá. 3) Nenhum repórter ou apresentador do programa se deu ao trabalho de entrevistar um mísero analista ou especialista para falar da violência em São Paulo. E olha que a Globo não vive sem seu time de “especialistas”, sobretudo quando é para dar pau nos governos do PT. Para se ter uma ideia, na mesma edição da manhã de hoje, três especialistas foram chamados para dar pitaco sobre as eleições presidenciais dos EUA. 4) Nem uma única palavra sobre a política de segurança pública em São Paulo, nem uma análise sobre a ação da PM, nem do histórico da violência local. Nem muito menos sobre a discrepância da valentia de Alckmin para enfrentar os movimentos sociais e expulsar famílias em Pinheirinho em comparação à tibieza com que enfrenta os criminosos que apavoram a capital. 5) A intervenção do governo federal na crise, segundo o Bom Dia, foi feita a “convite” do governador, quando todo mundo sabe que uma das razões para a escalada de violência no estado foi a negativa de Alckmin em aceitar ajuda federal por motivos eleitoreiros. Não fosse Dilma enviar o ministro da Justiça a São Paulo para, finalmente, ajudar a população e a polícia local, a República de Higienópolis já estaria estocando comida enlatada para se esconder da turba.
E do Tony Cotta também no Facebook:

É bom que fique bem claro, DE QUEM SÃO as responsabilidades sobre essa onda de violência em São Paulo, é bom saber também que não é um fato isolado, e não começou agora. Trata-se de uma política errada, que trata os movimentos sociais como crime e os movimentos criminosos com diálogo. É uma política que não cuida dos jovens, é uma política que com o orçamento bombando, diminui a verba para a CULTURA, o jovem sem acesso a bens culturais, não tem referência, é um copo vazio para o crime.