Quando recebemos contribuições de leitores que acrescentam mais que o próprio texto original redescobrimos porque continuamos a manter um blog.
__________ Publicidade // //Por: María del Pilar Tobar Acosta, via mail
Prezada Professora Conceição Oliveira,
li seu excelente artigo no site Direito do Cidadão, e publiquei um comentário. Como passou muito tempo desde o evento a que me refiro, transcrevo-o, como forma de demonstrar minha solidariedade com suas palavras :
"Excelente texto da Professora Conceição Oliveira.
O programa de pseudojornalismo e pseudohumor passa dos limites em todos os sentidos. Os desrespeitos são múltiplos. Negros/as, deficientes intelectuais e físicos, mulheres, homossexuais, pessoas que professam fés diversas, e principalmente os/as telespectadores/as são desrespeitados/as.
As queixas do "proteste já", são via de regra, continuação da pantomima promovida nos corredores do Congresso Nacional, em que a única integrante mulher (que não por acaso, se veste como seus pares, coisa que não ocorre no "Homens de preto", cujo figurino foi plagiado) corre, desesperadamente, atrás dos/as parlamentares causando-lhes constrangimentos... que de fato são engraçados e que expõem as arbitrariedades que ocorrem no que deveria ser a casa do povo. Mas, eu pergunto: Com que objetivo?
Quando partimos para as declarações lamentáveis feitas pela bancada, a graça se perde no desrespeito, na falta de ética. Fazer graça sobre o cotidiano é algo que requer muito mais reflexão e inteligência do que demonstra a tal bancada. Cito como exemplo de qualidade Caruso, que figura no Roda Viva, com suas sacadas desenhadas de imediato, e no Jornal da Globo, com suas charges impagáveis.
Pergunto ao Davyson, como é possível um discurso ser ao mesmo tempo moralista, feminista e puritano.
Defender os direitos da mulher vai muito além de defender os direitos da mulher; é defender os direitos do ser humano. Defender grupos sociais cujos direitos mínimos são vilmente desrespeitdados, é defender os direitos de todos/as.
Hipocrisia é usar de estratégias de dissimulação, com fins ideologizantes, como o fazem esses senhores e essa senhora.
Justiça é algo muito mais amplo do que garantir a qualquer custo sua liberdade de expressão. Ou, no caso, a liberdade de expressão de um grupo que sempre deteve o poder nesse país, um grupo que tem no Mcartismo Tupiniquim seu maior porta-voz. E o tem às custas de dinheiro público, dado que se valem de concessões.
Custe o Que Custar... Custe o que custar?
E o preço é caro: o desrespeito sistemático à Constituição Federal, em nome da "liberdade de expressão".
Faço minhas as palavras de Marcelo Rubens Paiva, e sou definitivamente contrária à "moda do reaça".
O politicamente incorreto não pode conviver com a ética em um Estado de Direitos."
Paz e Bem, Pilar