Polícia civil e militar para que vocês existem mesmo? Mais uma vergonha nacional, agora em Ribeirão Preto, SP

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Leio pela manhã o texto indignado do Eduardo Guimarães. Essa indignação que pulsa de suas linhas foi a mesma que senti ontem vendo as cenas no Jornal da Record diante da repressão da polícia militar numa ação de reintegração de posse em Ribeirão Preto.

A polícia de São Paulo não tem o menor respeito pela população que deveria proteger, aliás ela além de reprimir sempre com força brutal manifestações pacíficas, por vezes mata e mata.

Manifestações de Policiais Civis, Professores, Passe LivreTrabalhadores no Primeiro de Maiovítimas da enchenteestudantes da USP, TODAS, sem exceção foram violentamente reprimidas: spray de pimenta, uso de gás lacrimogênio, cacetetes, balas de borracha são de uso comum e corriqueiro da polícia militar em São Paulo, sob comando dos governadores (antes Serra, hoje Alckmin) e absolutamente nada acontece com eles.

Diante das cenas registradas ontem nas tevês brasileiras ocorridas em Ribeirão Preto veremos de novo o governador Geraldo Alckmin dizer que está indignado, que vai apurar e blá, blá, blá. Foi o mesmo que ocorreu com a brutal repressão das manifestações dos meninos do Passe livre, ou com a escrivã despida em frente das câmeras por homens da própria Corregedoria, o mesmo que aconteceu na Marcha da Liberdade e que voltará a acontecer, porque a indignação do governador não serve para absolutamente nada, não muda as práticas desta polícia que deveria estar sob seu comando, mas age como se não tivesse governador.

Pior para nós que esta violência institucional não está circunscrita no estado de São Paulo. No Rio, a prefeitura está na mira da ONU por fazer bota-abaixo tal como Pereira Passos fez com negros e pobres no Rio do início do século XX para no lugar fazer as obras para a copa. E antes disso as repressões grotescas feitas durante a visita de Obama ao Brasil e ainda os abusos cometidos pela polícia militar e pelo BOPE na Vila Cruzeiro e Complexo do Alemão. Isso para não falar das mortes cotidianas de balas perdidas, de vítimas que desaparecem e de morador que é morto pela polícia porque sua furadeira foi confundida com uma arma.

Na Bahia, policiais espancam trabalhador em plena luz do dia sem a menor cerimônia, no Espírito Santo, delegado de polícia, remanescente do esquadrão da morte, ameaça blogueiro que o denuncia.

No Rio Grande do Sul, o delegado que atendeu os ciclistas que foram feito pinos de boliche em pleno trânsito de Porto Alegre responsabilizou as vítimas atropeladas e a brigada militar intimida aluno universitário negro. e atira em liderança sem terra pelas costas: aqui, aqui, aqui.

No Amazonas policiais militares dão tiro em adolescente...

Por mais que tenhamos caminhado um pouquinho na inclusão social nesses oito anos de governo Lula vivemos ainda num país onde ser preto, pobre  é ser tratado como cidadão de terceira classe e com muita sorte sobreviver as cotidianas sentenças de morte.

Atualização: Trago do Viomundo denúncia de tortura supostamente feita pela polícia militar do Maranhão com fugitivos capturados. Não há como não associar as cenas ao período em que aqui vigorou a escravidão e os castigos físicos. Veja o vídeo aqui, é forte. ____________ Publicidade