Foto Khalil Hamra/APOs sindicatos, na Praça Tahrir: “PRESENTE!” Por: Sarah Lynch, The Christian Science Monitor,Tradução: Vila Vudu 8/7/2011
__________ Publicidade // //Manifestantes cantam palavras de ordem na Praça Tahrir, ponto focal do levante egípcio no Cairo, nessa 6ª-feira, 8 de julho. Milhares de egípcios tomaram as ruas em todo o país, exigindo justiça para as vítimas de Hosni Mubarak e para pressionar o novo governo militar a apresentar plano claro da transição para a democracia.
Numa sala de um prédio centenário no centro do Cairo, Kamal Abu Eitta levanta-se da cadeira e junta as mãos, braços esticados acima da cabeça, para mostrar o tipo de tortura que sofreu durante o governo de Mubarak.
Membro ativo de seu sindicato e militante há muito tempo, durante a ditadura de Mubarak, Abu Eitta diz que passou por queimaduras, choques elétricos, chicoteamento, pendurado a um gancho na parede, naquela posição.
É um dos milhares de egípcios reunidos na Praça Tahrir na 6ª-feira, 8 de julho, para exigir o fim dos tribunais militares para civis e julgamento imediato dos funcionários do governo Mubarak acusados de corrupção. Mas diz que vem também por outro motivo: para lutar por direitos dos trabalhadores que ele e muitos outros defendem há décadas, no Egito.
O movimento sindical é uma das forças mais influentes durante esse período crítico da transição democrática no Egito.
“O movimento sindical é o único que nunca parou de lutar. Trabalhou todos os dias, na resistência à ditadura” – diz o ativista e jornalista Hossam al-Hamalawy. “Se bombardearem a Praça Tahrir, chamaremos uma greve geral.”