Retire do mapa do Brasil: Se, AL, RJ, ES, PB, RN, PE, SC = novo código florestal

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Usando os dados do IPEA o Samba do Avião traduziu o tamanho do desmatamento do Brasil, caso seja definitivamente aprovado o novo código do deputado ruralista.

Eu fiquei tão impressionada que fui conferir:

Sergipe - Área Total: 22.020,0 km²

Alagoas- Área Total: 27.887,0 km²

Rio de Janeiro: Área Total: 43.868,0 km²

Espírito Santo: Área total: 46.077,5 km²

Paraíba,  Área total: 56.439 km²

Rio Grande do Norte, Área total: 53.077 km²

Pernambuco, Área total: 98.938 km²

Santa Catarina, Área total: 95.346,181 km²

1 km² = 100 hectares.

Será que desta forma didática meus amigos do PCdoB compreendem o tamanho do estrago?

Estudo avaliou impactos do novo Código Florestal

IPEA

08/06/2011 Técnicos do Ipea calcularam a área de vegetação nativa que deixaria de ser recuperada

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou nesta quarta-feira, 8, o Comunicado nº 96 Código Florestal: Implicações do PL 1876/99 nas Áreas de Reserva Legal. O estudo tem a intenção de fornecer subsídios para a discussão, no Senado Federal, sobre o novo Código Florestal Brasileiro.

Os técnicos do Ipea procuraram estimar a área de vegetação nativa que deixaria de ser recuperada, caso seja mantida a anistia ao desmatamento da reserva legal (RL) em propriedades de até quatro módulos fiscais. A isenção, prevista no texto aprovado pela Câmara dos Deputados, desobriga os proprietários rurais de recuperar as áreas consolidadas, a reserva legal que foi ocupada pela agricultura ou pecuária antes de 2008.

De acordo com o Comunicado, cerca de 29 milhões de hectares de mata nativa deixariam de ser recuperados no país, na perspectiva mais otimista. Em outro cenário, que considera o “risco moral” da isenção, 47 milhões de hectares poderiam ser perdidos. Para esse cálculo, o estudo considerou a hipótese de que a anistia poderia incentivar outros proprietários rurais a derrubar a reserva legal remanescente.

No bioma Amazônico, estão 60% dessa área não recuperada. Em termos relativos, no entanto, a Caatinga e a Mata Atlântica seriam os biomas mais prejudicados. Nessas regiões, o percentual de reserva legal que não seria recuperada, em comparação ao total da área desmatada, seria superior a 50%. “É um percentual muito grande se considerarmos que a Mata Atlântica, por exemplo, é um hotspot da biodiversidade brasileira”, argumentou Ana Paula Moreira da Silva, autora da pesquisa.

Os técnicos do Instituto chamam a atenção ainda para o fato de que manter as reservas legais não significa abrir mão dos benefícios econômicos dessas áreas. “A RL não impede o manejo sustentável. As atividades e serviços ambientais fornecidos por ela têm uso intensivo de mão de obra e fornecem rentabilidade interessante para o agricultor familiar. Deve haver financiamento publico, de forma que essas áreas sejam recuperadas com certo tipo de exploração econômica”, afirmou Fábio Alves, outro autor do Comunicado.

Segundo o estudo, uma forma de valorar a manutenção e recuperação das áreas de preservação seria considerar o volume de emissões de CO2 que seria evitado ou compensado. A recuperação da reserva legal desmatada compensaria a emissão de 3,15 bilhões de toneladas de carbono. Seria o suficiente para cumprir durante quatro anos a meta de redução de emissão por desmatamento assumida pelo governo brasileiro.

“Mecanismos para rentabilizar as emissões compensadas existem, mas eles ainda estão com o preço abaixo do que se espera. Esse cenário deverá melhorar no futuro, será possível remunerar a manutenção das florestas com o mecanismo de REED (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal)”, explicou Gustavo Luedemann, também autor da pesquisa.

Confira a íntegra do Comunicado do Ipea n° 96 - Código florestal: implicações do PL 1876/99 nas áreas de reserva legal

Veja os gráficos da apresentação do Comunicado do Ipea nº 96

Confira a metodologia utilizada no Comunicado do Ipea n° 96

Vídeo – Assista à íntegra da apresentação do Comunicado do Ipea nº 96

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