Em dois programas da UNIVESP-TV Ederson Granetto entrevista Ataliba Castilho, pesquisador e professor aposentado da USP e da Unicamp e, no segundo vídeo, José Luiz Fiorin, Doutor em Linguística pela USP e um dos maiores especialistas brasileiros em Pragmática, Semiótica e Análise do Discurso.
Ambos pesquisadores mostram como é falsa a polêmica em torno do livro didático "Por uma Vida Melhor" direcionado a jovens e adultos do EJA, distribuído pelo MEC a 4.236 escolas do país. Ambos mostram como é válido o uso, na linguagem oral, de expressões consideradas gramaticalmente erradas e alertam para a possibilidade do falante sofrer preconceito linguístico.
Fica bastante claro o que vários especialistas (de fato e de direito) já argumentaram nos inúmeros artigos aqui reproduzidos, ou seja, que os 'especialistas' de última hora da velha mídia e do MP não leram sequer o capítulo dedicado às diferenças entre a linguagem oral e a escrita chamado "Escrever é diferente de falar", quem dirá o livro que resolveram jogar no Index da mídia velha. Se lessem saberiam que o texto mostra que é comum considera o uso, na linguagem oral, de expressões consideradas gramaticalmente erradas pela norma culta e alerta para a possibilidade do falante sofrer preconceito linguístico em determinadas situações. Em seguida, apresenta exercícios onde pede ao aluno para adequar à norma culta expressões coloquiais.
Essa falsa polêmica só nos mostrou como temos preconceituosos linguísticos e analfabetos funcionais inundando a mídia velha e instituições públicas, uma grande pena. ___________ Publicidade //