Havana, 23/3/2011, Granma, Cuba [em português]
• CUBA expressa sua mais enérgica condenação à intervenção militar estrangeira no conflito interno que decorre na Jamahiriya Árabe Líbia.
Para Cuba, os conflitos devem ser resolvidos pela via do diálogo e da negociação e não mediante o emprego da força militar.
O Conselho de Segurança cedeu à pressão de algumas potências ocidentais no sentido de criar as condições que levem a esta agressão militar, a que constitui burla e manipulação da Carta das Nações Unidas, das faculdades do Conselho e é mais um exemplo do duplo padrão que caracteriza sua conduta.
Contudo, a Resolução 1973, aprovada na passada quinta-feira, 17 de março, pelo Conselho de Segurança, de maneira nenhuma autoriza estes ataques contra o território líbio, que constituem violação do Direito Internacional.
As potências ocidentais que levam a cabo os ataques militares contra o território líbio estão ocasionando mortes, ferimentos e sofrimento a civis inocentes. Noutro contexto, são as mesmas responsáveis pela morte de mais de um milhão de civis no Iraque e de mais de setenta mil no Afeganistão, aos que chamam "danos colaterais". São também cúmplices dos crimes contra o povo palestino.
Cuba respalda o direito irrecusável do povo líbio a exercer sua autodeterminação sem nenhuma interferência estrangeira, repudia a morte de civis na Líbia e em qualquer lugar, e apoia a integridade territorial e a soberania da Líbia sobre seus recursos.
Havana, 20 de março de 2011
Líbia: Declaração do Ministério das Relações Exteriores de Cuba
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