Reproduzo abaixo a carta aberta de José Luiz Ribeiro da Silva para a presidenta Dilma Rousseff, recebida por e-mail.
Trata-se de um episódio que parece ter sido esquecido por todos. Durante a campanha eleitoral, a equipe de campanha da então candidata Dilma Rousseff recebeu mais de 10 mil denúncias de crime eleitoral praticado na rede e fora dela. O que foi feito destas denúncias?
Dos 'sujos' a Da. Dilma: Que se abram os factóides!
Por: JOSE LUIZ RIBEIRO DA SILVA23/02/2011 Findo o processo eleitoral e com a vitória esperada e predestinada de Dilma Rousseff à presidência da República, restamos agora juntar os caquinhos do que sobrou de dignidade e ética nessas que foram, segundo consenso geral, a mais emporcalhada das eleições presidenciais de nossa história contemporânea.
Não me queixo de todo esse processo porco que se instaurou no País à custa de panfletagens barata, travestida de notícia ou capa de revista. Nestes momentos é que se separam os homens dos meninos, muito embora, no nosso caso em específico, foi molecagem demais da conta, onde até o Papa meteu o pitaco, parece que o Brasil virou coisa de criança, que alguns gostam de por no colo e fazer bobagens.
Não obstante ficou claro que a nossa grande imprensa não mede esforço e bandidagens quando o assunto é de seu interesse. Para aqueles que achavam que a maracutaica da edição do debate Collor X Lula tinha um certo sabor de “vamos ser menos descarados que a turma tá desconfiando”, acabou se surpreendo. Foi demais, essa turma aclamada por todos de bom senso de P.I.G., extrapolou o limite da irresponsabilidade a quilômetros de distância.
Falar da massa cheirosa, que com o seu Chanel nº5, comprado no Paraguai, vem saudar José Serra, para deleite de Da. Eliane Cantânhede, chega a ser bobagem, em comparação aos acontecimentos escabrosos que se sucederam, dia após dia, hora após hora, transformando essas eleições em uma verdadeira “batalha de Berlim” midiática.
Montou-se uma máquina eleitoreira muito bem azeitada e articulada, transformaram o Brasil em um grande curral eleitoral midiático, cujo cabresto a conduzir o povo ou a “massa”, como preferem, era a notícia destorcida e mal acabada e o factóide de ocasião. Todos e ao mesmo tempo, redundando no horário eleitoral do candidato perdedor.
Como se não bastasse, a nossa Justiça Eleitoral, personificou-se em forma de mulher, não cega, diga-se de passagem, mais bem viva e ávida por holofotes midiáticos, a ponto de mandar o presidente da República “calar a boca”,numa mensagem clara, que não só o Estado era Ela, mas que a Justiça de Eleitoral, passava a eleitoreira.
Nessa terra de ninguém, nesse gado sem dono, que se transformou a disputa, Bispos e religiosos de todas as categorias invadiram a Terra do Estado laico e mandaram ver na espinafração geral e calcada no que existe de pior em preconceitos e descriminação condenaram a tudo e a todos, Fariseus ou não, desde que estivesse de vermelho.
De certa forma foi bom saber que aqueles que acobertam a pedofilia ainda se sentem confortáveis em falar sobre criancinhas e suas vidas “preciosas”.
Ficou claro que no desespero todos mostram a sua pior, ou melhor, face. A mídia monopolista mostrou a sua, a igreja católica também, assim como outros tantos setores da nossa sociedade. Que não está claro é que daqui a quatro anos vamos ter de passar por isso de novo, pois aí já seria demais da conta.
Teme-se, agora, uma troca de favores do tipo toma lá dá cá e em nome de uma governabilidade qualquer Da. Dilma e o Partido dos Trabalhadores vão deixar prá lá e não exigir que se abram inquéritos, que não se busque gravações e dossiês e que toda essa lambança fedorenta das eleições não seja esclarecida item por item, factóide por factóide.
É inconcebível que a presidenta eleita tenha de vir o público, em seu primeiro pronunciamento a nação, e defender a liberdade religiosa e de imprensa, tamanha a canalhice eleitoreira que se instalou no país, desestabilizando a nossa sociedade e instalando a insegurança e a desconfiança, sem contar dos rancores expostos e aprofundados no “debate” eleitoral.
Agora é a hora dos pingos nos “ is”, a candidatura Dilma foi alavancada e defendida por muitos que através de suas trincheiras física ou midiáticas lutaram diuturnamente para instalá-la na Presidência. Sua candidatura, portanto, não pertence apenas a ela e aos partidos que a apoiarem, mais sim a uma grande parte da população que não descansou até o final das eleições e anseiam por esclarecimentos e justiça e não conchavos com a grande mídia monopolista ou com uma igreja decadente e preconceituosa.
Essa turma é uma massa e, ao contrário da outra, cheira mal, cheira suor!