Em 03 de fevereiro este blog denunciou aqui a situação dos moradores do jardim Prainha. Ontem, por meio de um post do deputado Carlos Neder, outra denúncia de abuso da prefeitura em relação aos moradores da favela do Sapo, aqui.
Sem mandado judicial a prefeitura de São Paulo aterroriza a vida dos moradores de favelas, sem cumprir acordos e pondo em curso o seu plano de maior deslocamento forçado da história paulistana. Onde está o Ministério Público?
Segundo denúncias do deputado Carlos Neder em seu blog, um funcionário tercerizado da Secretaria Municipal de Habitação, com revólver em punho, é utilizado para amedrontar moradores e derrubar barracos!
Prefeitura SP admite usar “jagunço” para remover favelaPor Carlos Neder eu seu blogA truculência da administração Kassab tem nome e sobrenome: Francisco Evandro Ferreira Figueiredo é o nome completo do funcionário terceirizado que a Secretaria Municipal de Habitação utiliza para a função de amedrontar moradores, com revólver em punho, e derrubar barracos.
Segundo informação levantada pelo mandato de Neder, Evandro é funcionário terceirizado da empresa BCT Transportadora, que presta serviços à Secretaria de Habitação. Entretanto, segundo moradores, é ele quem coordena as ações dos funcionários municipais incumbidos de derrubar os barracos.
Foi Evandro, afirmam os moradores, que coordenou a ação truculenta desta quinta-feira na Favela do Sapo, localizada na zona oeste, entre as pontes do Limão e da Freguesia do Ó. Foram derrubados 17 barracos da favela, sem que houvesse preocupação em verificar se estavam ocupados ou não. Moradores que reclamaram e tiraram fotos foram intimidados por Evandro, que se identifica como policial militar e estava armado.
Geladeiras, colchões, fogões e outros pertences de moradores foram jogados pelos funcionários da prefeitura no córrego Água Branca, que passa no meio da favela, durante a tentativa de desapropriação. As famílias só não foram totalmente retiradas do local graças à ação organizada da sociedade civil com o apoio do mandato Carlos Neder. A expectativa dos moradores e das ONGs que atuam pela defesa dos direitos de moradia, é de que a Prefeitura tente retomar a remoção dos barracos nesta sexta-feira (11/2).
“Ela falou isso na frente de dezenas de testemunhas. É um absurdo que a municipalidade use a violência, a intimidação e a truculência como uma praxe administrativa. Quantos outros ‘Evandros’ existem por aí?”, questionou Neder, durante a reunião. Ele disse que a Assembléia tem de apurar esse caso. E lembrou que a Câmara Municipal também tem essa obrigação, aproveitando-se da presença do presidente do Legislativo paulistano, José Police Neto.
“Evandro foi contratado para derrubar as casas, para tirar as pessoas da favela”, admitiu a superintendente de Habitação Social da Secretaria Municipal de Habitação, Elizabete França, em reunião realizada nesta quinta-feira (10), na sede da secretaria. O relato da declaração da superintendente, que também é secretária adjunta da pasta, foi feito pelo deputado estadual Carlos Neder, que participou da reunião.