Os dados merecem ser investigados pelo Ministério Público e alguém com algum respeito à população de São Paulo tem de tomar uma providência.
Em 2010 a Prefeitura de São Paulo arrecadou 835 milhões, as receitas de impostos cresceram 20,4%, puxadas pelo IPTU (alta de 26,2%).
O orçamento municipal para combate as enchentes previa gastos de 504 milhões, Kassab aplicou 430 milhões. Só quero saber onde, porque visivelmente foi um dinheiro muito mal gasto já que estamos vivendo as mesmas mazelas que no ano passado.
A Folha que fora das chuvas blinda o governo do demotucanato, agora denuncia que em publicidade o gasto de novo bateu o recorde e as obras de combate às enchentes não saíram do papel. O presente de grego deixado aos paulistanos por Serra, repete a mesma ladainha que seu mentor: A culpa é da chuva.
Esta São Paulo você não vê nas caríssimas propagandas dos governos demotucanos da cidade de São Paulo e do Estado de São Paulo. A Foto é do Fernando Gallo da Folhapress.
PS: Vale a pena ler os depoimentos dos moradores de São Paulo em diferentes regiões da cidade sobre a 'eficiente' administração de Kassab.
Este é o prefeito que temos, esta é a imprensa oportunista que temos. Quero saber o que aconteceu com estas denúncias aqui e o que acontecerá com um prefeito incompetente e irresponsável cuja política mata.
Com caixa cheio, Kassab não usa verba reservada
Por: JOSÉ BENEDITO DA SILVA, na Folha
12/01/2011
Locais com obras planejadas há anos, como Pompeia, voltaram a alagar
Enquanto a prefeitura usa só parte do dinheiro em córregos e piscinões, verba publicitária bate novo recorde na gestão
No ano em que a prefeitura bateu recorde de arrecadação de impostos, a gestão Gilberto Kassab (DEM) investiu menos do que estava previsto no Orçamento em projetos antienchente -parte dos locais que receberiam essas intervenções voltou a alagar.
Segundo a Secretaria de Planejamento, no ano passado, as receitas de impostos cresceram 20,4%, puxadas pelo IPTU (alta de 26,2%), que colocou R$ 835 milhões a mais nos cofres da prefeitura em relação ao ano anterior. O valor extra é quase o dobro do que Kassab gastou com intervenções antienchente (R$ 430 milhões de um total previsto de R$ 504 milhões). Projetos como canalização de córregos e construção de piscinões tiveram gastos abaixo do previsto. Parte dos locais alagados nos últimos dias tem obras planejadas há anos, mas que continuam no papel. Em um deles, no final de dezembro, morreu a professora Michele Borges, 29, arrastada pelas águas do córrego Ponte Baixa, em M'Boi Mirim, zona sul. Tivessem prevalecido os planos da prefeitura, o córrego já estaria canalizado. A obra é incluída no Orçamento desde 2005. Em 2010, a prefeitura previa gastar R$ 20 milhões, mas nada foi feito. Outro local que alagou anteontem foi a praça General Oliveira Álvares, na Vila Madalena (zona oeste), onde deveria ser feito um piscinão. A prefeitura fez a licitação em 2008, contratou a empresa em 2009, mas nada foi feito. Em uma das regiões que mais alagam, a Pompeia (zona oeste), a prefeitura nunca tirou do papel o piscinão planejado há anos. Recentemente, o projeto mudou para galerias. Sem a solução prometida, o local deixou carros ilhados no temporal.
PUBLICIDADE Entre a noite de anteontem e ontem, ao menos seis córregos transbordaram. Investimentos nessa área, como limpeza e canalização, fecharam 2010 abaixo do previsto. Em outras áreas, a prefeitura gastou o que previa, como em publicidade -R$ 108,9 milhões, quase o dobro de 2009 (R$ 57,8 milhões), novo recorde da gestão. Segundo a Secretaria de Comunicação, o crescimento foi menor pois em 2009 havia R$ 33 milhões para publicidade nos orçamentos das pastas de Educação e Saúde. Em 2010, a verba foi utilizada, segundo a prefeitura, em campanhas como as de prevenção da dengue e gripe A e na divulgação de eventos como a Virada Cultural.