Trago um dos melhores textos que li em resposta às acusações de sujeitos como Merval Pereira à blogosfera de esquerda no Brasil. E continuou com a minha proposta: que os blogueiros progressistas em conjunto interpele na justiça os detratores de O Globo, Globo News e outros. Tenho guardado um verdadeiro arquivo de vídeos, artigos e posts no twitter de detratores e detratoras. Na minha opinião eles devem provar na Justiça as acusações que fazem contra nós sem provas, respondendo por calúnia e difamação.
Pela abertura do dinheiro público na mídia
Por Emerson Luis, em seu Blog: Nas Retinas
23/09/2010
A mídia brasileira cobra constantemente das autoridades públicas transparência com o o dinheiro público. Está no seu papel. Transparência é necessário para que a sociedade acompanhe cada tostão investido, seja em obras, compra de material, viagens e diárias. O Portal da Transparência permite consultas por receita, despesa, convênios, empresas inidôneas e servidores. Para isto basta digitar o período que deseja consultar ou até mesmo o CPF de algum agente público.
Diante disto, seria justo e comum que o cidadão soubesse também quanto cada veículo de mídia recebe em publicidade, nominalmente. Insistentemente a mídia conservadora tem acusado os blogs independentes de serem financiados pelo governo federal. Merval Pereira, durante edição noturna no Jornal das Dez da GloboNews esta semana, fez esta afirmação, claramente inspirada nas acusações do candidato José Serra. Hoje o jornal O Estado de São Paulo fez a mesma acusação ao jornalista e blogueiro Luis Nassif, que é contratado da TV Brasil para comentar no telejornal Repórter Brasil e apresentar o programa Brasilianas. O sensacional da história é que quando Nassif trabalhava na TV Cultura, emissora pública que recebe recursos do Estado de São Paulo, nos mesmos moldes de contrato, nunca lhe foi imputada tal acusação.
A Secretária de Comunicação da Presidência da República, órgão que controla os investimentos em publicidade do governo federal, deveria prestar mais um serviço ao país e inserir os dados nominais no Portal da Transparência. Para você entender melhor, explico rapidamente como funciona o processo. O governo faz uma licitação para decidir a agência de publicidade que irá atender sua conta. Esta agência, por sua vez, prepara as peças publicitárias e também os planos de mídia que definem os veículos que irão receber os anúncios, e consequentemente o dinheiro público que paga a veiculação.
As planilhas das agências contém cada veículo com a respectiva verba que foi investida. Ou seja, sabe-se nominalmente o quanto cada jornal, rádio, TV, site ou revista recebeu pelas inserções. Atualmente a Secom libera os dados de maneira genérica, por setor, nunca nominal.
É preciso dar transparência também a estas informações, para mostrar a sociedade que boa parte do seu dinheiro em impostos segue para a mídia brasileira, que não devolve praticamente nada em benefícios para a população. Um exemplo de benefício? Imaginem vocês se a Abril, Folha, Estadão, Globo, com suas gráficas poderosas, fossem obrigadas por lei a devolver para a sociedade a impressão de livros didáticos mediante a publicidade investida.
O que sobra para a mídia brasileira é a hipocrisia de mamar nas tetas públicas e de cobrar sem olhar para o seu próprio rabo, preso aos interesses políticos e econômicos de quem sempre lhes pode dar mais e melhor.