Esta semana de tanto ler e ouvir opiniões toscas vindas de filósofo de quinta de ex-primeira dama de sexta e de candidato fim de linha, apurei o meu cinismo.
Para ler jornais cínicos e ouvir candidato cínico só recorrendo à profunda ironia. Falta muito pouco para a Folha trazer (se ainda estiver vivo) o torturador de Dilma para ter voz e vez naquele órgão de imprensa camarada dos torturadores que emprestava até mesmo suas peruas pra transportar prisioneiros políticos e que acha que no Brasil não houve ditadura e sim ditabranda.
Pois então, surrupiei o texto abaixo do blog da Aline, Godot não virá. Excelente blog por sinal e mais um que não conhecia. Mas sem a elegância, sofisticação e sensibilidade de Aline, consigo ver algo de positivo na fala do espião de Dilma. Pasmem! Eu acho inclusive que se o candidato 'faz de conta que não vim' tivesse levado o espião para campanha (ou será que ele preferiu o torturador?) tinha passado menos vexame. Sabe por quê? Porque não teria caído no conto da mídia velha de que Dilma é um 'boneco de Lula,' 'um poste' e todo o arsenal de bobagens recorrentes que permearam textos e mais textos dos ideólogos da campanha oficial e oficiosa na mídia alimentada pelo candidato, aquele que acha que tudo é trololó petista.
Até o espião de Dilma, um sujeito, que ganhou a vida a serviço do regime de exceção, que fazia o trabalho sujo de dedo duro e que coordenado aos militares e torturadores foi co-responsável pela prisão de militantes de esquerda que resistiam e lutavam contra a ditadura, sabe que Dilma é uma mulher forte, com opinião, com idéias próprias. Ou seja, a minha candidata e futura presidenta deste país não será saco de pancada de detratores, tem habilidades e competências que se espera de um bom governante para dirigir um país com a dimensão e complexidade do nosso país. Um Brasil que graças ao projeto político do PT ganhou importância e respeito diante do mundo e fez os cidadãos brasileiros eternamente esquecidos terem orgulho de serem brasileiros por serem finalmente tratados como cidadãos.
Atualização: A pedido da autora o texto foi retirado do blog. Mas, continuo indicando a sua leitura.