Horda de Sarney implode outro lançamento do livro de Palmério Dória no Maranhão
Por Rogério Tomáz Jr. do Conexão Brasília-Maranhão
José Sarney, presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional, ex-presidente da República, ex-governador, ex-deputado, autor de inúmeros livros, dono de jornal e outrora praticante do ofício chamado jornalismo, é membro da Academia Brasileira de Letras (ABL).
Em seus discursos e artigos, Sarney costuma decantar o seu “apreço” à liberdade de expressão e à democracia. Mas imortal mesmo, ao que parece, é a truculência empregada por seu grupo político para manter o domínio sobre o Maranhão, que já dura 45 anos.
Há poucas horas — escrevo esse texto no início da madrugada de sexta-feira (13) — ocorreu mais um episódio que mostra ao Brasil e ao mundo que a violência é uma opção costumeira da famiglia Sarney.
O livro que Sarney não admite ser lançado no seu feudoEm Imperatriz, segunda maior cidade do Maranhão, situada a cerca de 700Km da capital São Luís, ocorreria na noite desta quinta (12) o lançamento com noite de autógrafos do livro “Honoráveis bandidos – um retrato do Brasil na era Sarney”.
O início do evento transcorria normalmente, no auditório da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), com o depoimento de Manoel da Conceição, histórico líder camponês e fundador do PT, ele próprio vítima da violência do aparelho repressivo de Sarney, quando este era governador — em atentado feito na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Pindaré-Mirim, em 1968, Manoel escapou com vida, mas perdeu uma perna devido aos ferimentos.
Enquanto Manoel falava, um grupo de baderneiros entrou no auditório gritando palavras de ordem contra o autor do livro e os demais integrantes da mesa do evento. Atirando ovos, tortas e outros objetos na direção do mesmo, os manifestantes entraram em conflito com os presentes e a confusão generalizada se instalou.
A Polícia Militar interviu com tiros de borracha e bombas de efeito moral, entretanto, para defender o grupo que iniciara a confusão.
O autor reencontra a civilidade da famiglia SarneyPalmério Dória, jornalista experiente, colunista da revista Caros Amigos e ex-repórter de alguns dos principais veículos do país, saiu do local sem sofrer ferimentos, assim como Manoel da Conceição.
Fontes locais apontam que o grupo de baderneiros foi reunido pelo vereador Assis Filho (PP), de Pio XII, município vizinho.
Mais informações estão no blog do jornalista Raimundo Garrone, do Jornal Pequeno.
Fato semelhante já havia ocorrido em novembro, na capital, no lançamento do mesmo livro no Sindicato dos Bancários do Maranhão. Daquela vez, a baderna foi registrada em vídeo. Leia o restante do artigo aqui
Rogério Tomáz Jr.: A horda de Sarney ataca novamente
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