E público que este blog é ativista, apóia os movimentos sociais, luta por um país mais justo, combate as desigualdades, neste sentido, desde a sua existência, este blog sempre apoiou candidaturas progressistas.
Tenho acompanhado com atenção a imensa despolitização desta campanha eleitoral que parece não ter cessado desde 2003. Em minha opinião isso é danoso para a democracia. As forças conservadoras querem de qualquer modo voltar ao poder e farão de tudo para conseguir o seu intento, seguindo a linha do Instituto Millenium e seus principais arautos que desejam, inclusive, eliminar o pensamento de esquerda no mundo.
Este blog acredita que a melhor forma de combater uma campanha sem princípios é contribuir para o esclarecimento da população.
A partir de hoje colaborará com o esclarecimento da administração dos ex-governador de São Paulo, traduzindo o que significa o mote de campanha 'O Brasil pode mais com Serra'.
Trabalharemos com dados comprovados, não com os factóides mandados por e-mails apócrifos ou as mensagens que espalham inverdades pelo twitter e outras redes sociais.
Peço a colaboração dos leitores para enviar via comentários ou e-mail outras matérias de fontes confiáveis sobre a administração José Serra. Solicito ainda que ajam com espírito cidadão, não reproduzindo o clima de guerra que se instala mais uma vez na campanha eleitoral. Lembro que a melhor defesa da cidadania é a informação, não cedam às baixarias de marqueteiros travestidos de moderninhos que dia a dia criam factóides contra a candidata Dilma e criarão contra qualquer candidato/a que represente uma proposta mais progressista. Assim, este blog avisa que não publicará ataques pessoais a nenhum candidato e que só aprovará comentários que debatam idéias políticas, projetos políticos.
A tentativa dos posts desta série é que os eleitores brasileiros fora de São Paulo (os que vivem em São Paulo e não estão alheios à realidade do estado conhecem os fatos e dados que publicaremos aqui) possam ter acesso a informações que raramente vemos circular nos jornais da grande mídia.
Começaremos pela série pedágios que além de ilhar cidades próximas, aumentam o custo de alimentos, materiais de construção e outras mercadorias transportadas por estradas e rodovias, o que é grave dado que a opção pelo sistema rodoviário, infelizmente, tornou-se corrente no país.
O Estado de São Paulo tem um dos pedágios mais caros do mundo e quando então governador Serra ao ser questionado sobre o preço dos pedágios recusa-se a baixar o preço:
O estado de São Paulo saltou de cerca de 40 praças de pedágios em 1997 para 227 praças em 2010. São Paulo neste sentido parece um feudo, no qual os cidadãos perdem o direito de ir e vir e precisam pagar pedágios sem fim para circular dentro do próprio estado. Em alguns trajetos há um pedágio a cada 20 minutos! Certamente o Brasil tem espaço suficiente para mais praças de pedágios, neste sentido o Brasil pode mais pedágios com José Serra. Vote consciente, informação é a nossa arma. SÃO PAULO TEM CIDADES ILHADAS POR PEDÁGIOS Por: Suzana Vier, Rede Brasil Atual. Publicado em 16/04/2010, 15:41
São Paulo - A implantação de 227 praças de pedágio só no estado de São Paulo deixou cidades como Bauru, Campinas e a própria capital paulista "ilhadas" por praças de cobrança. Todos os veículos, incluindo caminhões, ônibus, automóveis de passeio e motocicletas pagam ao passar por esses pontos.
Campinas, a 92 quilômetros de São Paulo, é o principal exemplo no estado. A cidade tem sete pedágios ao redor. Para ir à vizinha Indaiatuba, um morador de Campinas paga R$ 8,80 de pedágio. Para Capivari, o custo é de R$ 4. Até Americana, gasta-se R$ 5,40. O trajeto até Cosmópolis fica em R$ 5,20. No caso de Itatiba, o gasto é de R$ 5,60.
O trajeto mais caro é o de Campinas a Jaguariúna, em que um carro de passeio gasta R$ 7,90 para percorrer aproximadamente 31 quilômetros. Para ir a São Paulo, um campineiro deixa nas praças de pedágios R$ 12,20 em 92 quilômetros.
A população de Bauru no Oeste paulista enfrenta problema semelhante. O acesso a várias cidades vizinhas envolve passar pelos postos de cobrança. Uma visita ao distrito de Brasília Paulista, parte de Piratininga, a 22 quilômetros, custa R$ 3. Ir a Pirajuí, sai por R$ 6,80 por 51 quilômetros. Cerca de 33 quilômetros depois, o motorista paga mais R$ 3,20.
Uma comerciante de Bauru que fizer compras de calçados em Jaú, a 57 km, deixa R$ 7,30 no pedágio na ida e o mesmo valor na volta.
Já quem for ao médico no Hospital da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Botucatu paga três vezes, num total de R$ 10,60. O primeiro deles fica a menos de 50 quilômetros de Bauru, na cidade de Agudos, o segundo em Areiópolis e o terceiro em Botucatu. Ida e volta fica em R$ 21,20.
Só estão livres de pedágio os motoristas que se deslocam pela rodovia Cezario José de Castilho (SP-321) para Iacanga ou na rodovia comandante João Ribeiro de Barros (SP-294) para Duartina ou Marília.
Bauru cercada por pedágios (para ver os mapas clique aqui)
São Paulo é outra cidade ilhada por pedágios. Mapa da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) mostra que quatro rodovias estaduais e três federais partem de São Paulo, além das praças no trecho Oeste do Rodoanel.
Acir Mezzadri, coordenador do "Fórum Nacional Contra o Pedágio", ironiza a situação de São Paulo: "Logo teremos pedágios no caminho da roça, é uma aberração".
Segundo o professor de Economia da Universidade Federal Fluminense (RJ) Carlos Enrique Guanziroli, os pedágios aumentam os custos de alimentos e materiais de construção e podem levar empresas à falência. "Quando você coloca pedágio, as pessoas procuram outro shopping, outro restaurante onde não haja essa cobrança. Algumas empresas poderiam entrar em falência", diz o especialista.
Para Francisco Pelucio, do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de São Paulo e região (Setcesp), no final das contas o ônus do pedágio recai sobre o consumidor final. "O frete mais o pedágio encarecem o produto, e o custo é embutido no preço de venda. Quem realmente paga é o consumidor", afirma.
Fonte: Rede Brasil Atual
Para saber mais: FETECPR; Viomundo, Folha de São Paulo