Cabo Verde é um país árido na paisagem de março, mas fértil nos sorrisos do povo criolo, o primeiro a experimentar todas as mazelas do colonialismo português.
Tito Paris é outro ícone da música caboverdiana. Ontem, em um hangar desativado, nossa equipe gravou um show que foi um enorme sucesso. As mulheres caboverdianas trajavam roupa de gala para o baile, todas lindas, vindas de vários cantos da Ilha de Santiago.
[caption id="attachment_2060" align="aligncenter" width="448" caption="Tito Paris, Praia, Ilha de Santiago, Cabo Verde, 27/03/2010. Foto: Conceição Oliveira"][/caption]Tocou-se muita morna, funaná, coladeira dos anos 80 e Tito Paris e outras bandas caboverdianas foram aclamados pelo público presente.
Dancei com meu querido amigo da época da universidade, Djinho Barbosa (Angelo Barbosa), um excelente músico e que além de compor, toca diversos instrumentos e também se apresentou no baile do antigo hangar.
[caption id="attachment_2062" align="aligncenter" width="452" caption="Meu querido amigo, o músico caboverdiano e pró-reitor da Universidade de Cabo Verde: Angelo Barbosa, o Djinho"][/caption]Lembrei de nossas festas africanas no CRUSP junto à comunidade caboverdiana, guineana, angolana e moçambicana, além de alguns do Senegal. Grandes tempos aqueles. Ontem à noite, no meio do baile veio-me à memória a juventude, onde tudo era possível. Lá as boas descobertas do viver a diversidade estavam ao nosso alcance, elas 'ka ta caba'.