Depois de um dia especial com lideranças do MST e dos movimentos sociais, dentre eles Douglas da UNEAFRO com quem conversei e fiquei feliz à beça que ele tenha visto a entrevista com o presidente Lula e a questão que escolhi fazer, recebo logo pela manhã deste domingo lindo esta excelente notícia: Dilma escolheu a socióloga Luiza Bairros para dirigir a SEPPIR.
Ouvi Luíza em 2009, no 20 de novembro, na Praça Castro Alves, emocionei-me com seu discurso emocionado e profundamente crítico em relação à ação de extermínio da juventude negra, praticada inclusive por uma polícia militar de governo de esquerda. Luíza não faz concessões. Lula e Jaques Wagner ouviram e acataram todas as suas críticas contundentes.
Luíza é uma das principais lideranças do movimento negro nacional, sua trajetória teve início no movimento estudantil no Rio Grande do Sul e se tornou uma intelectual ativista com um currículo na luta de superação do racismo e sexismo invejável.
Luiza Bairros ministra da Secretaria de Igualdade Racial - SEPPIR Do Portal Geledes 11/12/2010A presidente eleita, Dilma Rousseff, chamou a socióloga Luiza Bairros para assumir a Secretaria de Igualdade Racial. Ela aceitou o convite, mas ficou de costurar apoio de movimentos sociais ao seu nome para que seja confirmada no cargo.
Atual secretária de Igualdade Racial da Bahia, onde construiu sua militância, a gaúcha Luiza Bairros é considerada uma das principais lideranças no combate à discriminação racial.
O perfil da ministeriável, que é ligada ao PT, cumpre as exigências de Dilma para o posto: ser mulher e negra. A escolha de seu nome acabou derrubando uma outra indicação do PT para o cargo: o deputado Vicentinho (SP).
Dilma a conheceu quando era ministra. Segundo fontes do governo de transição, ela se encantou com a desenvoltura da socióloga.
Bairros, que deverá assumir um lugar no primeiro escalão na cota pessoal de Dilma, recebeu, ainda, a bênção do governador Jaques Wagner (PT-BA), um de seus principais aliados e conselheiros.
Apesar da escolha, a presidente eleita tem um problema para fechar, como planejava, o time de quatro mulheres em diferentes secretarias. O imprevisto foi provocado pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Espírito Santo, que rejeitou anteontem a prestação de contas da deputada Iriny Lopes, cotada para a secretaria das Mulheres.
O tribunal apontou irregularidades nas notas fiscais de gastos com combustível feitos pela deputada, que diz ter havido falha do posto de gasolina. Dilma decidirá sobre seu nome nos próximos dias.
Ao lado da nomeação de Ideli Salvatti (PT-SC) para Pesca e de Maria do Rosário (PT-RS) para os Direitos Humanos, Iriny e Bairros fechariam a cota de mulheres.