Se acordarmos, eles aprenderão a respeitar todas as nossas Paulas.

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Um texto incisivo e com cores nacionalistas do jornalista Laerte Braga (nem todos os suíços são racistas), mas instrutivo para muita gente que vive com o olhar para além mar. Apreciem.


UMA BRASILEIRA NO PRIMEIRO MUNDO – PRIMEIRO MUNDO?

Laerte Braga

A suíça não é necessariamente um país, muito menos nação. É um aglomerado de interesses mesquinhos e coberta com a lona da neutralidade hipócrita de robôs que caminham pelas ruas a despeito das belas paisagens que por lá existem. Suíço não sente, faz contas. Suíço não se envolve, mas guarda toda a sujeira possível em seus bancos e ainda garante segurança absoluta.

A primeira reação da polícia suíça à agressão sofrida pela advogada brasileira Paula Oliveira por jovens nazistas chamados de skinheads foi tentar rotular a moça como prostituta. Não é, mas mesmo que fosse. Trabalha para uma empresa no amontoado de "negócios" que chamam de suíça e tem condição regular segundo as leis dos bancos que governam o que chamam de país.

Há dias um deputado italiano, ettore pirovano, declarou no parlamento de seu país que os brasileiros não são conhecidos "pela fama dos seus juristas, mas por suas dançarinas". Imagina que juristas brasileiros sejam como gilmar mendes. É o que conhece e avaliou pelo relato do seu embaixador no Brasil. O tal que entrou pela porta dos fundos de gilmar e saiu pelos fundos também. Com certeza deixou fundos, gilmar não opera se não for assim. Tucano nenhum opera se não for assim.

gilmar é dançarina. Gosta que os clientes coloquem notas de dólares no entre-seios do sutiã dos hábeas corpus e decisões determinadas pelos controladores do stf dantas incorporation ltd.

Que diferença faria se Paula de Oliveira fosse prostituta como pretendeu rotular a polícia do amontoado de bancos chamado suíça? Seria "menos gente" por isso? Atenuaria a boçalidade de doentes mentais que tatuam suásticas e agora o sucedâneo, estrelas de davi em suas cabeças?

Justificaria a barbárie contra a moça?

A decisão do ministro das Relações Exteriores Celso Amorim de exigir providências duras, enérgicas e severas dos blocos de gelo que operam os bancos que chamam de país mostra um Brasil diferente daquele servil e covarde, fascinado com esse negócio de europa – um continente em extinção – .

Quando policiais britânicos assassinaram o brasileiro Jean Charles numa estação do metrô em londres a primeira alegação foi que Jean estava ilegal naquela colônia norte-americana, a grã bretanha. Isso muda o que? A natureza do fato, um assassinato?

Ao longo dos séculos desde que portugueses aportaram por aqui e espanhóis, ingleses e franceses no resto da América, temos sido sistematicamente saqueados por países europeus. O que mudou após a suposta independência de países como o Brasil foi a forma como os colonizadores saqueiam.

Se os eua conseguiram se transformar numa potência e inverteram o jogo, hoje colonizam o antigo colonizador isso é outra história, até porque aprenderam foi a receita e substituem os antigos colonizadores por aqui.

Acostumamo-nos a ser dóceis e servis no fascínio por paris. Claro que é uma cidade fascinante. Óbvio que a História é um processo.

É hora de sermos adultos. Passamos dos 500 anos. Somos jovens. Mas há um conceito que nos diferencia de suíços . Somos nação, ou ainda somos nação, apesar da barra da tijuca, da fiesp/daslu, dos agnelli ditando ordens. Os suíços não. São queijos de ótima qualidade, chocolate idem, relógios já nem tanto e bancos. Organizações criminosas.

À época da II Grande Guerra cantava-se uma paródia que dizia que oliveira salazar, ditador fascista de portugal, mandou cobrir o país com uma lona e escrever e cima – "portugal mudou-se" – .

A tal da neutralidade que não tem nada de neutra.

Skinheads existem em São Paulo, um país vizinho que fala a mesma língua e é controlado pelo condomínio fiesp/daslu/tucano/dem. Na capital paulista ainda existe um jornal que acha que D. Pedro I governa o Brasil e José Bonifácio é uma espécie de primeiro-ministro. Já estamos na quinta ou sexta geração de andradas, historicamente os maiores chapas brancas do Brasil. Há quem diga que chegaram com d. joão VI, no duro mesmo vieram com cabral.

É hora de varrer com essa gente também. São os que pretendem manter o Brasil servil, submisso, produtor de matérias primas e aceitando passivamente que a polícia de uma organização criminosa – bancos – chamada suíça, rotule uma brasileira de prostituta e tente justificar assim a violência característica e típica do modelo que exportam.

Um modelo prostituído.

O mesmo que leva um jovem preso pela Polícia Federal por tráfico de drogas a declarar que "faço isso para manter o meu padrão de vida".

Trinta milhões de brasileiros pegaram o telefone e ligaram para a globo. Para que? Votar pagando para eliminar um dos ocupantes de um bordel televisivo.

É uma das formas de manter o Brasil colônia e por essas e outras é que a polícia dos bancos que chamam de suíça rotula Paula de Oliveira.

Não há necessidade de enviar tropas. Basta entrar pelos fundos no gabinete do ministro presidente da suposta suprema corte, deixar fundos sem ser visto, exportar o modelo fashion de queijos cujo charme são buracos (são deliciosos, lógico, mas fazemos igual).

A decisão do ministro Amorim, um chanceler à altura do desafio de enfrentar bancos e empresas chamados de país, de exigir respeito a um País de gente chamado Brasil, a despeito da globo e dos colonizadores (suíços, italianos, americanos, ingleses, franceses, o que for) serve para mostrar que aqui nem todos se chamam gilmar mendes, ou josé serra, ou fhc, ou aécio.

E nem todo mundo se deixa levar pelo conto dos heróis de pedro bial, o rufião do bbb.

E até porque os skinheads daqui são cópias dos skinheads de lá. Filhos do modelo prostituído e prostituidor dos bancos que chamam de suíça. E quejandos.

Não é por acaso que esse trem de agências bancárias que chamam de suíça fica perto da itália e por lá pontifique um novo duce, silvio berlusconi. Nem por acaso que aqui esteja para ser julgado um processo de extradição envolvendo um refugiado político, Cesare Battisti. E que o parlamento europeu (votaram menos de dez por cento dos deputados, mas a globo não falou isso, é deles) queira que o Brasil o entregue a sanha dos skinheads travestidos de senhores do mundo.

Não são mais.

A realidade hoje é só acordarmos e enxergar que não precisamos deles para nada. Mas eles não serão nada mais depressa do que vão sendo, se reagirmos acabando tanto com os saques de piratas agnelli (vale) ou dos associados aqui. Aprenderão a respeitar todas as nossas Paulas.