Rodrigo Vianna e Villaverde duas visões

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ISRAEL MASSACRA E PERDE POLITICAMENTE;
CHAMAR JUDEU DE "NAZISTA" É DESRESPEITO
Rodrigo Vianna

"O massacre de Gaza foi um ataque de "oportunidade". Israel estabeleceu uma situação de fato para o novo governo dos EUA. Obama é visto como homem menos propenso a apoiar Israel unilateralmente. Por isso, os israelenses precisavam criar uma situação mais favorável. Se tiverem que ceder agora, será baseado na nova situação de campo. Ninguém, agora, vai discutir se Jerusalém Oriental deve ser a capital de um novo Estado palestino, ou se os refugiados palestinos devem voltar. Obama e os negociadores vão passar meses (ou anos) negociando os termos para que os soldados israelenses saiam de Gaza, e para que a autoridade (legítima,diga-se) do Hamas se recomponha.

Israel, calculam seus generais e políticos, ganha assim fôlego na mesa de negociação.

Israel pode dizer que, militarmente, ganhou a "guerra". Mas, politicamente, sofreu uma derrota acachapante.

Gaza está para a imagem dos israelenses como o governo Bush está para a imagem dos EUA no mundo. "

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TODOS PERDERAM, TODOS GANHARAM

(João Villaverde)


(...)
A direita israelense sai fortalecida para as eleições internas de fevereiro. Embora a oposição política tenha se posicionado contrária a guerra desde o início, ganhando simpatizantes ao redor do mundo, a direita - que atualmente está no poder - saí muito mais forte, com a "defesa da soberania nacional" e os "brios do povo israelense" em alta.

Como se previra, Israel se diz vitorioso por ter esmagado o Hamas, que ele não reconhece como partido político. O Hamas se diz vitorioso por ter resistido aos ataques de um dos maiores exércitos do mundo, que ele não reconhece como Estado. A União Européia se diz vitoriosa por ter conseguido convencer os líderes de Israel a cessar-fogo. Os Estados Unidos se dizem vitoriosos por seguirem o discurso de Israel, que não reconhece o Hamas. Obama agradece, claro.

Mas as coisas estão ainda piores. As massas ainda mais fundamentalistas, os israelenses racistas, os americanos adesistas, a ONU inutilizada, os pacifistas ridicularizados e o mundo ainda mais entorpecido pelas falta de reação frente ao extermínio criminoso de crianças, mulheres, homens, de todo um povo, que continua expulso de um território.

2009 começa e a Palestina continua ocupada.

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