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O cartunista Márcio Baraldi organizou no sábado dia 29/11/2008 a entrega do prêmio Troféu Bigorna, (conheça o espírito do prêmio e veja os ganhadores aqui).
Um dos vencedores foi o meu amigo, o cartunista carioca Carlos Latuff, o qual tive o prazer de hospedar em minha casa e acompanhá-lo na cerimônia de entrega.
Por alguns gaps de comunicação chegamos atrasados à entrega e Latuff fez publicamente um mea culpa e recebeu em troca elogios rasgados do Baraldi.
(A qualidade da foto está muiiiiiiiito ruim, mas vale como registro: Baraldi e o mea culpa de Latuff)
(Bem melhor, a foto e a situação, depois do mea culpa do Latuff e da rasgação de seda do Baraldi, tudo voltou à ordem)
Latuff é uma figurinha carimbada: sujeito de hábitos frugais, devorador inveterado de bolachas Maria dissolvidas ao leite com café, amante de ferrovias, que me levou a conhecer esse 'maravilhoso mundo ferroviário' no domingo de seu aniversário.
(De novo, a foto não é grande coisa, visitem o blog ferroviário do Latuff e se divirtam, aqui vale apenas como registro: eu estive lá :) Estação Piassaguera, Cubatão, Santos Jundiaí, ao fundo as ruínas da vila dos ferroviários)
E, entre bolo, brigadeiros e parabéns (meu irmão Coca também aniversaria no dia 3o/11) tivemos longas conversas sobre a situação calamitosa do sistema ferroviário brasileiro, sobre seu ativismo político antiimperialista e em prol dos palestinos, o seu trabalho sindical, sua incrível publicação no exterior, sobre seus inimigos políticos que, erroneamente, tratam-no como um anti-semita...
Mas voltemos à tarde especial de sábado.
Após o mea culpa latuffiano, tive sede e resolvi procurar um bar para comprar água. Assim que nos aproximamos das mesas, o carturnista Bira Dantas reconheceu o Latuff e nos juntamos a ele, ao Rafael da revista Mad, aos ilustradores do Quarto Mundo e ao grande Rodolfo Zalla.
(O ilustrador, quadrinhista argentino Rodolfo Zalla e o cartunista Latuff)
Esse encontro foi mágico: ao som das gaitas do Bira, do Márcio e de um cliente de outra mesa que se juntou ao grupo, Zalla reviveu velhos tempos dos quadrinhos sobre a Segunda Guerra Mundial, desenhando para o seu admirador Carlos Latuff que retribui com outro desenho na mesma temática.
Brincando, desenhando, tocando, esses homens revivem o lado menino por meio da representação gráfica.
Foi um prazer assistir à cena. Compartilho esse mágico sábado com vocês: