Ator da novela Chiquititas é inocentado da acusação de violência doméstica

Tribunal considerou que as ameaças de agressão feita pelo acusado faziam parte do contexto de “desgaste” do casamento

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Jornalista (USJ), mestre em Comunicação e Semiótica (PUC-SP) e doutor em Ciências Socais (PUC-SP). Professor convidado do Cogeae/PUC e pesquisador do Núcleo Inanna de Pesquisas sobre Sexualidades, Feminismos, Gêneros e Diferenças (NIP-PUC-SP). É autor do livro “A construção da heternormatividade em personagens gays na televenovela” (Novas Edições Acadêmicas) e um dos autores de “O rosa, o azul e as mil cores do arco-íris: Gêneros, corpos e sexualidades na formação docente” (AnnaBlume).
Ator da novela Chiquititas é inocentado da acusação de violência doméstica
Foto: divulgação.

O ator João Gabriel Vasconcelos foi inocentado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) da acusação de ter praticado violência doméstica contra a sua ex-companheira, a modelo Jéssica Aronis.

João Gabriel Vasconcelos e a modelo Jéssica Aronis foram casados por quase seis anos, quando, em 2018, a modelo publicou em suas redes sociais um relato onde denunciava ter sido vítima de uma relação abusiva.

No processo, Aronis relata alguns episódios de violência que viveu com o seu ex-marido. Em uma delas, depois de uma reunião da empresa a qual eram sócios, Vasconcelos, descontrolado começou a gritar: "Porra, você está de brincadeira comigo? Quantas vezes eu já falei que você deve me atender quando eu chamo você?".

Na sequência, ele teria agarrado o braço de Jéssica e a levado a força para uma sala e a empurrou sobre uma mesa. A cena só parou porque um funcionário interveio e chamou a Polícia Militar.

Além desses relatos, de acordo com levantamento do UOL, o processo tem anexado um áudio de uma conversa em que o ator faz ameaças à Jéssica Aronis. Gabriel Vasconcelos confirmou a autenticidade do áudio e afirmou que a as ameaças presentes nele, de que ia arremessar objetos em sua ex-esposa era uma "metáfora".

O desembargador Laerte Marrone, relator do processo, declarou que nenhuma testemunha presenciou cenas de agressão e que, portanto, "não se pode chegar a uma conclusão segura sobre qual teria sido o exato comportamento do réu", disse.

A respeito da gravação, o Tribunal afirmou que, por conta do desgaste da relação, as ameaças contidas na gravação soam mais como "bravata do que como uma efetiva promessa de mal à ofendida".

"Ainda mais a se considerar que o ator disse que gostaria de atirar uma pedra, uma cama e um abajur contra a vítima o que parece não poder ser considerado, no contexto da causa, como uma ameaça séria", decidiu o Tribunal.

Ainda cabe recurso.

Com informações do UOL.

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