CRISE

Isolado, Eduardo Bolsonaro surta e ataca bolsonaristas: "homens ocos"

Em publicação nas redes sociais, o deputado ataca aliados e promete “ir até as últimas consequências” por anistia para investigados de 8 de janeiro

Créditos: Reprodução de Vídeo/YouTube
Escrito en POLÍTICA el

Em um claro isolamento político dentro da própria base de apoiadores, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) atacou antigos aliados, em publicação nas redes sociais nesta quinta-feira (25). Sem citar nomes, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou “personalidades fracas e acovardadas” e acusou integrantes do campo bolsonarista de se venderem “aos poderes materiais da ocasião”.

A Revista Fórum precisa do seu voto no prêmio Ibest. CLIQUE AQUI E VOTE AGORA, é rápido.

“Vocês se acostumaram a lidar com homens ocos, sem convicção”, escreveu Eduardo, tentando se diferenciar dos bolsonaristas.

O deputado afirmou que, diferentemente desses “homens ocos”, ele estaria disposto a ir “até as últimas consequências” para conquistar uma “anistia ampla e irrestrita” para os investigados pelos atos golpistas de 8 de janeiro. “Será vitória ou vingança, mas não haverá submissão”, declarou.

A publicação ocorre após declarações em off, na imprensa, de aliados dentro da base bolsonaristas, que criticaram Eduardo. Esses parlamentares teriam "medo" de que o filho de Bolsonaro imploda possíveis acordos que beneficiem o pai no Congresso Nacional, ao cobrar uma anistia "irrestrita" e articular as sanções dos Estados Unidos (EUA) ao Brasil como forma de retaliação ao julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF).

As declarações surgem em meio a um momento de tensão dentro do bolsonarismo, marcado por disputas internas sobre a estratégia jurídica e política para enfrentar os processos no STF que investigam aliados de Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.

Eduardo havia feito ataques também ao Senado Federal, que arquivou a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Blindagem. Ele acusou o Judiciário de ser “corrupto e aparelhado” e classificou a postura dos senadores como “subserviência aos tiranos”.

“A PEC que o Senado enterrou tentava criar mecanismos de proteção contra o regime de exceção implementado por um Judiciário corrupto e aparelhado. Blindagem já existe, para os corruptos comparsas e cúmplices dos agentes do regime que estão no Judiciário”, disse.

 

Reporte Error
Comunicar erro Encontrou um erro na matéria? Ajude-nos a melhorar