A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou, no último domingo (7), durante culto com o pastor Jairinho, que não consegue mais realizar suas orações em casa por estar sob prisão domiciliar com o marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro. “Hoje eu não posso fazer mais o culto doméstico. O meu culto que sempre fiz todas as semanas. Hoje tenho que sair da minha casa e ir para outra casa para poder orar. Porque até isso foi cerceado”, declarou, em tom emocionado, diante dos fiéis.
A fala gerou reação imediata do deputado federal e pastor Otoni de Paula (MDB-RJ), que criticou o discurso e apontou o pastor Silas Malafaia como responsável por incitar essa narrativa. “É uma narrativa falaciosa, mentirosa, oportunista e para autoproteção essa de que nós estamos diante de uma guerra religiosa”, disse o parlamentar, lembrando que já foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal, em 2021, por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), em investigação sobre incitação a atos violentos contra a democracia.
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Perseguição religiosa
Segundo Otoni, ao contrário do que pregam Malafaia e Michelle, não se trata de perseguição religiosa. “Eu sou a única voz a estar nesse contraponto com eles, única voz dissonante. Porque não quero que levem a igreja para essa vala comum”, afirmou.
O parlamentar também fez um apelo direto à ex-primeira-dama: “Por favor, irmã Michelle, deixa a igreja fora disso. Ela já sofreu demais com esta polarização. O nosso ministério é o da conciliação, e não da polarização”.
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Otoni, que se define como conservador e de direita, rompeu com o bolsonarismo no ano passado e, desde então, tem se colocado como crítico das tentativas de vincular disputas políticas a uma suposta perseguição contra evangélicos.