Senadores bolsonaristas protocolaram nesta quinta-feira (7) um pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após reunirem as 41 assinaturas necessárias.
O impeachment de Alexandre de Moraes foi eleito como pauta principal pelos senadores bolsonaristas, situação que se agravou após o ministro decretar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Não à toa, a extrema direita se articula para formar maioria no Senado nas eleições de 2026.
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O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), reagiu com fúria após tomar conhecimento de que o pedido de impeachment de Moraes foi protocolado. De acordo com informações do Estadão, Alcolumbre avisou aos líderes que não vai pautar o afastamento do ministro do STF.
"Nem se tiver 81 assinaturas, ainda assim não pauto impeachment de ministro do STF para votar", disparou Davi Alcolumbre.
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Impeachment de Moraes é protocolado
Parlamentares da oposição protocolaram nesta quinta-feira (7) um pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após reunirem as 41 assinaturas necessárias no Senado. A iniciativa foi impulsionada pela decisão do magistrado de decretar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de descumprir medidas cautelares no inquérito que apura tentativa de golpe de Estado.
A última assinatura foi dada pelo senador Laércio Oliveira (PP-SE), e, com isso, os parlamentares bolsonaristas anunciaram o fim da ocupação simbólica da Mesa Diretora do Senado, iniciada como forma de protesto.
Apesar da coleta de assinaturas representar mais da metade dos 81 senadores, o pedido enfrenta obstáculos quase intransponíveis para avançar. A inclusão do impeachment na pauta depende exclusivamente do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que já sinalizou que não pretende ceder à pressão. “Não aceitarei nenhum tipo de chantagem”, afirmou Alcolumbre em declarações recentes.
Além disso, a Constituição estabelece que, para que um ministro do STF seja afastado, são necessários os votos de dois terços do Senado — 54 parlamentares. Hoje, esse apoio é considerado distante até mesmo por lideranças da oposição, que reconhecem a dificuldade de mobilizar tamanho quórum.
Ciro Nogueira define futuro do impeachment de Moraes no Senado
Os parlamentares bolsonaristas "ocuparam" os plenários do Senado e da Câmara dos Deputados e, para retomar os trabalhos, exigem que a anistia aos golpistas e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sejam pautados.
Durante entrevista à CNN Brasil, o senador Ciro Nogueira (PP-AL), que compõe a base bolsonarista, explicou por que não apoia o pedido de impeachment de Moraes.
“Sinceramente, só entro em impeachment quando puder acontecer, como foi o caso da Dilma. O Congresso não tem 54 senadores para aprovar um impeachment”, declarou Nogueira à CNN Brasil.