Diante da resistência do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) sobre um possível aval do seu pai a uma candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), à presidência da República em 2026, figuras do bolsonarismo começam a articular uma estratégia para convencer o parlamentar.
A solução seria colocar o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como vice na chapa de Tarcísio. A informação é do jornalista Igor Gadêlha, do Metrópoles, e foi divulgada neste sábado (4).
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Bolsonaristas avaliam que a principal preocupação de Eduardo é preservar o capital político de seu pai e da família, e esta seria a razão de ter afirmado publicamente que gostaria de ser candidato ao Planalto se Jair Bolsonaro não puder concorrer, o que é praticamente certo.
Caso vá adiante, a estratégia mexe também na disputa do Senado. O atual vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL) se candidataria a uma vaga pelo Rio de Janeiro, e não mais por Santa Catarina. Isso abriria caminho para outras candidaturas bolsonaristas no estado do Sul, como as das deputadas federais Caroline de Toni e Júlia Zanatta, ambas do PL.
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Michelle como vice
Outra articulação para compor a chapa da possível candidatura presidencial de Tarcísio envolve o nome da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Segundo apuração do jornalista Pedro Venceslau, da CNN, o aval para Michelle como vice teria sido dado pelo próprio Jair Bolsonaro. Segundo aliados do ex-presidente, ele teria concordado em apoiar o governador de São Paulo, mas o anúncio ficaria para fevereiro, também para evitar desgastes à imagem de Tarcísio.
O problema comum das duas estratégias é que o Centrão, que pretende bancar a candidatura do governador paulista, não foi consultado e pode também pleitear a vaga.
Além disso, o possível prazo de fevereiro para o ex-presidente declarar seu apoio também contraria parte dos partidos. O PSD, por exemplo, já trabalha com a possibilidade de lançar o governador do Paraná, Ratinho Jr., caso não haja definição até dezembro.