O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) estaria convencido de que precisa construir seu próprio nome como sucessor político de seu pai, mas isso não seria possível dentro do PL. Assim, uma ala mais extremista da legenda defende que o correto seria migrar de partido.
As informações são do blog da jornalista Andreia Sadi. Aliados do parlamentar julgam que a situação na legenda é insustentável, mas ainda não haveria uma agremiação certa para o filho do ex-presidente migrar.
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O PRTB, que em breve deve mudar de nome para Brasileiro, chegou a ser apontado como um destino possível para o deputado e seus apoiadores. Contudo, em entrevista concedida à coluna de Mônica Bergamo nesta terça-feira (30), o presidente da sigla, Amauri Pinho, disse não ter interesse em filiar Eduardo para uma eventual candidatura ao Palácio do Planalto em 2026. E ainda declarou sua preferência por outro integrante da família. "Flávio Bolsonaro seria bem-vindo. Ele é mais moderado", apontou.
A legenda lançou Pablo Marçal à prefeitura de São Paulo em 2024 e se notabilizou pelas diversas candidaturas do falecido Levy Fidelix a cargos como prefeito de São Paulo, governador do estado e presidente da República.
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Leva de deputados
Eduardo tem dito, segundo lideranças do PL, que poderia levar com ele 30 dos 88 deputados federais que o partido tem hoje, mas a estimativa é desacreditada por integrantes da sigla.
Segundo Sadi, deputados do partido também não acreditam que o deputado sairia, pois ficaria sem a blindagem para preservar o seu mandato, esforço empreendido especialmente pelo líder da bancada Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).
A avaliação faz sentido, ainda mais levando-se em conta que o PL está pedindo para deputados apoiarem uma emenda com o objetivo de livrar o parlamentar da acusação de coação no curso do processo. No total, são necessárias 103 assinaturas para que a emenda proposta pelo deputado Capitão Alden (PL-BA) seja apresentada em um dos projetos do pacote de segurança pública em tramitação na Câmara.
"Estamos buscando apoio de outros partidos, creio que vamos conseguir [alcançar 103 assinaturas]", disse Alden ao jornal Folha de S. Paulo.
O texto prevê que "não constitui crime de obstrução de Justiça a manifestação crítica, a atividade jornalística, a atuação parlamentar ou qualquer outra forma legítima de exercício da liberdade de expressão".