Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, minimizou nesta terça-feira (8) a ausência do ex-presidente Jair Bolsonaro em seu palanque eleitoral ao longo da campanha do primeiro turno da eleição municipal. O emedebista chegou a admitir aos jornalistas que acompanhavam um corpo a corpo com eleitores no Jabaquara, zona sul da capital, estar cansado de falar sobre quando e onde será a entrada do líder da extrema direita no pleito paulistano.
“Ontem falei com Bolsonaro e ele falou que está à disposição. É só uma questão de ajuste na agenda”, explicou o prefeito de São Paulo. “Nós estamos correndo. Mas se tiver chance na agenda dele de vir vai ser bom”, acrescentou.
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Nunes demonstrou irritação com a insistência dos jornalistas em saber se a falta de uma participação efetiva do ex-presidente não teria resultado no crescimento da candidatura do ex-coach Pablo Marçal (PRTB) – o outro candidato bolsonarista na disputa que terminou em 3° lugar, com uma diferença de cerca de 80 mil votos para o prefeito.
“Vocês estão falando muito de Bolsonaro e de Lula. E, na verdade, isso é secundário. O mais importante é a discussão da cidade. Não aguento mais responder sobre esse assunto”, afirmou o candidato bolsonarista. "Vocês estão nacionalizando a campanha. A imprensa é que está fazendo isso (...) Vamos parar com isso", completou o prefeito.
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Nunes se esquivou de comentar a entrevista concedida pelo pastor Silas Malafaia à Folha de S.Paulo em que o líder neopentecostal classificou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de “covarde” e “omisso” pela falta de participação na campanha do MDB à prefeitura de São Paulo.
“Eles são amigos há tantos anos. Eu não vou interferir na relação de amizade deles”, afirmou o prefeito Ricardo Nunes.