JULGAMENTO NO TSE

VÍDEO: Advogada de Bolsonaro revela qual será reação do ex-presidente após inelegibilidade

Karina Kufa ainda usou argumento bizarro para defender reunião de Bolsonaro com embaixadores, base para ação que deve torná-lo inelegível

Karina Kufa, advogada de Jair Bolsonaro.Créditos: Reprodução/Instagram
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Karina Kufa, uma das advogadas de Jair Bolsonaro, revelou nesta quarta-feira (21) qual deverá ser a reação do ex-presidente após o julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) marcado para esta quinta-feira (22) que deve torná-lo inelegível por 8 anos. 

No meio jurídico, é dado como certo que os ministros do TSE acolherão a representação protocolada pelo PDT, que acusa Bolsonaro de abuso de poder político ao realizar uma reunião com embaixadores estrangeiros, em julho de 2022, para questionar a segurança do sistema eleitoral brasileiro. O encontro foi realizado com a estrutura da presidência da República e transmitido nos canais oficias de comunicação do governo. 

É possível que Bolsonaro entre com recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) após o julgamento, mas as chances de reversão da decisão, caso o TSE de fato declare o ex-presidente inelegível, são mínimas. Segundo Karina Kufa, a reação de Bolsonaro caso a previsão de derrota na Corte Eleitoral seja confirmada será de "inconformismo"

"Estive com ele essa semana. Ele está sereno, claro que um julgamento que vem a torná-lo inelegível vai deixá-lo numa situação de inconformismo. Não só ele, mas pessoas, profissionais, juristas que conhecem a Justiça Eleitoral e sabem como é o funcionamento", disse a advogada em entrevista à GloboNews. 

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Argumento bizarro

Na mesma entrevista, Karina Kufa, que não atua diretamente na defesa de Bolsonaro no caso específico que está em julgamento no TSE, fez ainda uma defesa da reunião do ex-presidente com embaixadores com um argumento bizarro. Segundo ela, a reunião feita para atacar o sistema eleitoral brasileiro "não teve conotação eleitoral"

Para ela, a reunião teve caráter "institucional" e não eleitoral pois não foi um encontro com eleitores. A advogada afirma ainda que o encontro com embaixadores não configura um fato grave.