O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou neste domingo (4) uma ação do PL, partido de Bolsonaro, em que pedia que fosse retirado das redes sociais vídeo em que o ex-presidente Lula (PT) critica a maneira como o governo federal conduziu a pandemia.
No vídeo, Lula afirma que a eleição 2022 é incomum, pois, é uma luta contra "fascistas e milicianos".
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"Não estamos disputando eleição comum, estamos disputando contra o fascismo, contra os milicianos, contra pessoas que não têm sentimento e que não choraram uma única lágrima por quase 700 mil pessoas que morreram por conta da Covid-19. Esse genocida que governa este país não é recebido por ninguém... E ninguém vem visitar o Brasil porque há um negacionista no governo", disse Lula durante comício em Campina Grande (PB), no dia 2 de agosto.
Em sua decisão, a ministra Cármen Lúcia afirmou que as críticas de Lula estão resguardadas pelo direito à liberdade de expressão. "Há de registrar na linha do que decidido pelo Supremo Tribunal Federal, que o direito fundamental à liberdade de expressão não se direciona somente a proteger as opiniões supostamente verdadeiras, admiráveis ou convencionais, mas também aquelas que são duvidosas, exageradas, condenáveis, satíricas, humorísticas bem como as não compartilhadas pelas maiorias", escreveu a magistrada.
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Ainda em sua decisão, a ministra Cármen Lúcia destaca que "mesmo as declarações errôneas, estão sob a guarda dessa garantia".
Lula volta a abrir vantagem em relação a Bolsonaro em pesquisa BTG/FSB
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) volta a abrir vantagem sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em pesquisa BTG/FSB divulgada nesta segunda-feira (5). De acordo com o levantamento, Lula aparece com 42%, enquanto Bolsonaro caiu dois pontos e aparece com 34%.
No mesmo levantamento, Simone Tebet (MDB) também cresceu e aproxima-se de Ciro Gomes (PDT) na disputa pelo terceiro lugar. Ciro tem 8% e Tebet 6%.
Levantamento foi realizado entre os dias 2 a 4 de setembro e é o primeiro a apontar reflexos das denúncias de compras de imóveis em dinheiro pela família Bolsonaro.