CHINA EM FOCO

VÍDEO - Usina Solar em Mauriti: transformação econômica e impulso à energia limpa no Brasil

Com um investimento de R$ 700 milhões, a maior usina solar da região marca uma colaboração entre Brasil e China e será tema da Cúpula do BRICS, destacando a energia limpa como pilar para o desenvolvimento sustentável

Usina Solar em Mauriti: transformação econômica e impulso à energia limpa no Brasil.Com um investimento de R$ 700 milhões, a maior usina solar da região marca uma colaboração entre Brasil e China e será tema da Cúpula do BRICS, destacando a energia limpa como pilar para o desenvolvimento sustentávelCréditos: Divulgação
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Mauriti, no interior do Ceará, está vivenciando uma verdadeira revolução energética com a instalação da maior usina solar da região. O projeto, que conta com um investimento superior a R$ 700 milhões, é resultado de uma parceria estratégica entre Brasil e China, destacando a crescente colaboração internacional no setor de energias renováveis.

Transformação Econômica

A usina fotovoltaica de Mauriti ocupa 16 quilômetros quadrados e tem uma potência instalada de 425 megawatts. Com capacidade para gerar 1 bilhão de kWh por ano, suficiente para abastecer até 5 milhões de residências, o empreendimento contribui para a redução de 570 mil toneladas de CO2 anualmente. Localizada em áreas de morros e vegetação nativa, que anteriormente eram inutilizadas para a agricultura, a obra foi cuidadosamente planejada, seguindo rígidas normas ambientais.

Jiao Yanghua, engenheiro chinês da PowerChina e responsável técnico pelo projeto, contou, em entrevista à CGTN em Espanhol, que se dedicou intensamente ao empreendimento, ficando dois anos longe de sua família, até mesmo durante o Ano Novo Chinês. Para ele, o projeto de Mauriti simboliza a integração entre a capacidade tecnológica da China e o vasto potencial solar do Brasil, além de representar um marco da colaboração entre países em desenvolvimento.

Impacto local e capacitação

Além dos benefícios ambientais, a usina trouxe um impacto significativo para a economia de Mauriti. A construção gerou mais de 2 mil empregos diretos e estimulou a economia local, com cerca de 25% dos insumos adquiridos na região. A cidade, com mais de 2 mil horas de sol por ano, se transformou em um polo de geração de energia solar, favorecendo tanto a criação de empregos quanto o aprendizado de novas habilidades técnicas.

Moradores locais, como motoristas e vigias, tiveram a oportunidade de trabalhar no projeto, com muitos recebendo capacitação para operar na construção e operação da usina. “Esse projeto trouxe benefícios imensos para a cidade, formalizou muitas pessoas e proporcionou novas habilidades”, afirma um dos trabalhadores envolvidos.

Cooperação internacional e oportunidades futuras

Zhao Yanghua, responsável pelo projeto pela PowerChina, em entrevista à CGTN em Espanhol reforça que a usina de Mauriti é um exemplo claro de como a cooperação internacional pode gerar soluções concretas para um futuro sustentável. Seja por meio da colaboração com os BRICS ou outras parcerias estratégicas, ele acredita que a tecnologia, os engenheiros e a integração industrial da China, representada pela PowerChina, são essenciais para o desenvolvimento econômico local.

Este projeto será um dos destaques na Cúpula do BRICS, que será realizada no Rio de Janeiro no domingo (6) e segunda-feira (7). A energia limpa será um dos principais temas discutidos entre os países membros do grupo, ressaltando a importância da cooperação entre nações em desenvolvimento para criar soluções sustentáveis no combate às mudanças climáticas.

Para os envolvidos no projeto de Mauriti, esse é um exemplo concreto de como iniciativas de energias renováveis podem gerar benefícios globais, contribuindo diretamente para um futuro mais verde e sustentável.

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