NOVO GOVERNO

Alemanha: Sociais-democratas aprovam coalizão e abrem caminho para Merz assumir o governo

A Alemanha realizou eleições gerais em 23 de fevereiro, após o colapso de uma coalizão tripartite liderada pelo chanceler Olaf Scholz

O futuro chanceler alemão Friedrich Merz e o líder do SPD Lars Klingbeil.Créditos: RALF HIRSCHBERGER / AFP
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Friedrich Merz, chanceler em espera da Alemanha, está prestes a liderar um governo de coalizão a partir da próxima semana, após o Partido Social-Democrata (SPD) anunciar nesta quarta-feira (30) que aprovou um acordo com o bloco conservador CDU/CSU.

A votação entre os membros do SPD foi aprovada com uma maioria de 84,6%, abrindo caminho para que Merz lance o governo de coalizão na próxima terça-feira (6), na maior economia da Europa.

Merz, de 69 anos, deve assumir o comando em um momento em que a União Europeia enfrenta grandes mudanças nas relações de segurança transatlânticas e na guerra comercial iniciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

O copresidente do SPD, Lars Klingbeil, deverá assumir os cargos de ministro das Finanças e vice-chanceler, informou uma fonte do partido à AFP, acrescentando que a liderança da sigla aprovou sua indicação por unanimidade.

A Alemanha realizou eleições gerais em 23 de fevereiro, após o colapso de uma coalizão tripartite liderada pelo chanceler do SPD, Olaf Scholz, em 6 de novembro — o mesmo dia em que Trump foi reeleito para a Casa Branca.

Merz, que obteve 28,5% dos votos nessa eleição, prometeu reforçar as Forças Armadas da Alemanha, historicamente subfinanciadas, e manter firme apoio à Ucrânia na guerra contra a Rússia.

Ele também se comprometeu a reconstruir a infraestrutura do país e a reanimar sua economia, que encolheu por dois anos consecutivos, mas registrou um leve crescimento de 0,2% no primeiro trimestre.

Merz obteve recursos financeiros significativos para seus planos ambiciosos depois que o parlamento anterior aprovou centenas de bilhões de euros em gastos extras e flexibilizou as rígidas regras fiscais da Alemanha.

O chanceler em espera também prometeu uma repressão à imigração irregular, uma questão que tem alimentado o crescimento da extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD).

A AfD obteve um resultado recorde nas eleições, com mais de 20% dos votos, tornando-se o segundo maior partido, e desde então tem disputado de igual para igual com os conservadores — chegando até a liderar algumas pesquisas nacionais.

© Agence France-Presse

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