O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, emitiu um ultimato ao Hamas nesta sexta-feira (3) para que aceite seu acordo de paz em Gaza até 19h00 de domingo (horário de Brasília), sob pena de enfrentar um "inferno total".
O Hamas tem até "domingo à noite, às 18h (horário de Washington, D.C.)", publicou Trump em sua plataforma Truth Social. "Se este ACORDO FINAL não for alcançado, um INFERNO TOTAL, como ninguém jamais viu, se desencadeará sobre o Hamas", disse Trump, sinalizando uma possível invasão definitiva do território palestino.
Te podría interesar
Trump pediu aos "palestinos inocentes" que evacuem uma área não especificada, antecipando um possível ataque às forças remanescentes do Hamas.
A maioria dos combatentes do Hamas "está cercada e militarmente encurralada, aguardando apenas minha ordem para que suas vidas sejam rapidamente destruídas. Quanto aos demais, sabemos onde estão e quem são, e serão procurados e assassinados", disse ele.
Te podría interesar
"Peço a todos os palestinos inocentes que deixem imediatamente esta área, onde pode haver muitas mortes, e vão para áreas mais seguras de Gaza. Todos serão bem cuidados por aqueles que estiverem dispostos a ajudar. Felizmente para o Hamas, eles terão uma última chance!", acrescentou.
A proposta de paz de Trump, após quase dois anos de ataques israelenses devastadores em Gaza, foi endossada pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, mas até agora não foi aceita pelo Hamas.
O plano inclui, entre outras coisas, um cessar-fogo, a libertação dos reféns mantidos pelo grupo palestino em até 72 horas, o desarmamento do Hamas e a retirada gradual de Israel de Gaza.
A guerra eclodiu em 7 de outubro de 2023, com o ataque sem precedentes do Hamas ao sul de Israel, resultando na morte de 1.219 pessoas, a maioria civis, de acordo com uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses.
A ofensiva de retaliação israelense matou pelo menos 66.225 pessoas, segundo dados do Ministério da Saúde do governo liderado pelo Hamas, considerados confiáveis pela ONU.