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OMPlay: Marielle, assim como Rosa Luxemburgo, foi assassinada por ser "pedra no sapato”, diz Mota

Crítica da filósofa e economista polonesa é revisitada em novo curso que mostra relação do capitalismo com os ataques à democracia e a ascensão do neofascismo

Créditos: Wikimedia Commons e Reprodução
Escrito en DEBATES el

Doutor em Desenvolvimento Econômico pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Antonio Mota apresenta no curso O Pensamento de Rosa Luxemburgo, disponível na plataforma OMplay, uma leitura atualizada e provocadora sobre a vida e a obra da filósofa e economista polonesa. Ao longo de quatro módulos, o pesquisador revela aspectos pouco conhecidos da trajetória de Rosa Luxemburgo e estabelece um paralelo histórico entre sua crítica ao capitalismo e a ascensão do neofascismo no século XXI.

Nascida em 5 de março de 1871, em Zamosc, na Polônia “poucos dias antes da Comuna de Paris”, destaca Mota, Rosa Luxemburgo foi uma das principais figuras do marxismo. Militante socialista, teórica e ativista incansável, foi assassinada em 15 de janeiro de 1919, em Berlim, por sua atuação política. Para o pesquisador, o crime teve motivações semelhantes às que levaram, quase cem anos depois, ao assassinato da vereadora Marielle Franco no Rio de Janeiro.

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“Assassinada por quê? Porque era uma ‘pedra no sapato’”, afirma Mota. “O socialismo foi, para Rosa Luxemburgo, uma paixão dominante que absorveu toda a sua vida. Uma paixão intelectual e ética, que se transformou em trabalho criativo. Essa mulher rara tinha apenas uma ambição: preparar-se para a revolução, que era abrir o caminho para o socialismo”

O curso analisa a atualidade do pensamento de Luxemburgo diante das contradições do capitalismo contemporâneo e do avanço autoritário em diversos países. “Ela não se contentava com alguns direitos trabalhistas ou políticos concedidos pela democracia burguesa”, explica o professor. “Rosa via que o capitalismo, para se desenvolver, precisava se desfazer da própria democracia.”

“Quando olhamos para a história da América Latina, o longo histórico de golpes de Estado mostra exatamente isso: capitalismo e democracia não caminham juntos. E a nossa situação atual é a prova disso — não só no Brasil, mas no mundo: a ascensão do neofascismo”, completa Mota.

Dividido em quatro módulos, O Pensamento de Rosa Luxemburgo oferece uma leitura aprofundada de obras fundamentais da autora, como Reforma ou Revolução?, Greve de Massa, Partido e Sindicatos e A Crise da Social-Democracia. O curso destaca sua crítica à social-democracia reformista, sua defesa da revolução socialista e seu entendimento da luta de classes como processo histórico permanente.

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