Guardar ressentimentos é comum, mas especialistas em saúde mental alertam que essa prática pode ter efeitos prejudiciais. Além de desgastar relações pessoais, a mágoa contínua mantém o corpo em estado de alerta, elevando pressão arterial e acelerando os batimentos cardíacos. A dificuldade em abandonar rancores também pode se tornar parte da identidade da pessoa, que passa a se ver como vítima permanente de injustiças.
Traições, conflitos familiares ou ofensas no ambiente de trabalho estão entre os episódios que mais alimentam ressentimentos. Muitas vezes, a lembrança desses fatos vira argumento recorrente em discussões, impedindo a reconstrução da confiança. A mágoa, quando mantida, pode até se transformar em barreira emocional, dificultando a abertura para novas experiências.
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Superar esses impasses não significa esquecer ou concordar com o que aconteceu. Trata-se de um processo de reorganização emocional, em que o objetivo principal é libertar-se do peso do passado para poder avançar.
Veja cinco passos fundamentais para seguir em frente:
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1. Reconheça a dor
Admitir que houve uma injustiça é o primeiro passo. Colocar em palavras o que aconteceu, em anotações ou cartas não enviadas, ajuda a organizar os sentimentos.
2. Pratique o perdão
Perdoar não é aprovar ou esquecer, mas aliviar o peso interno da mágoa. É um ato voltado mais ao bem-estar pessoal do que ao de quem causou o dano.
3. Reflita sobre os benefícios
Avaliar o que se ganha ao deixar o ressentimento de lado — como paz de espírito e economia de energia — ajuda a reforçar a decisão de seguir em frente.
4. Evite a vitimização.
Recontar continuamente os mesmos episódios pode reforçar a identidade de injustiçado e prender a pessoa ao passado. Trocar essa narrativa abre espaço para novas experiências.
5. Cultive empatia e autocompaixão.
Tentar compreender as fragilidades dos outros e ser menos rígido consigo mesmo fortalece a capacidade de seguir adiante sem rancor.