A condenação, pela Justiça Federal, a oito anos e três meses de prisão por incitação à discriminação não intimidou o “humorista” Leo Lins. Ele continua desfilando suas “piadas” grosseiras, preconceituosas e de péssimo gosto.
Agora, Lins divulgou, em seu canal no YouTube, um vídeo com “piadas” gordofóbicas dirigidas à influenciadora e dançarina Thais Carla. Ele interagia com participantes de um quadro do programa e aproveitou a apresentação de um fã, que se disse especialista em dobrar calcinhas, para debochar do corpo de Thais.
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Em seguida, o “humorista” afirmou que “dá pra você viralizar no YouTube fazendo isso. Dobradura de calcinha. Calcinha da Thais Carla você faz uma escultura de uma cidade, exibe na entrada da cidade”. A gracinha sem graça, rapidamente, provocou reações nas redes sociais.
Recentemente, Thais Carla se submeteu a uma cirurgia bariátrica. Ela já havia acionado a Justiça contra Leo Lins em 2019. Na ocasião, ele postou um vídeo nas redes sociais em que reagia com ironias a uma gravação feita pela influenciadora sobre as dificuldades que pessoas gordas enfrentam em poltronas de avião.
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A Justiça condenou Lins a indenizar Thais no valor de R$ 5 mil, reconhecendo que ele utilizou imagens sem autorização e fez comentários que configuraram discurso de ódio.
Pedro Cardoso apoia condenação de Lins
O ator Pedro Cardoso, conhecido pelo papel de Agostinho Carrara na série A Grande Família, se posicionou publicamente a favor da condenação do humorista Leo Lins.
“Eu tenho dito, faz muito tempo, que o tipo de teatro a que chamam 'stand-up' se tornou um ninho no Brasil, onde se desenvolveu o ovo da serpente do fascismo”, escreveu o ator, sem esconder sua indignação.
Cardoso, no entanto, fez questão de destacar que sua crítica não é ao gênero em si, mas ao uso que alguns comediantes fazem dele. “Não são todos, mas tantos comediantes de stand-up se permitiram às mal-educações fascistas que se pode dizer de uma generalidade com exceções”, pontuou. Segundo ele, discursos de ódio vêm sendo mascarados como humor, quando na verdade têm como objetivo propagar visões políticas agressivas.
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