Professor da cátedra História dos Sistemas do Pensamento, no célebre Collège de France, o filósofo Paul-Michel Foucault revolucionou os estudos sobre a relação entre poder e conhecimento a partir de análises de instituições como as prisões e os quartéis e a influência dentro do conceito de liberdade dos corpos dos indivíduos.
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“Foucault está sempre pensando nesse esse binômio do poder e saber e como ele incide e se localiza no corpo”, afirma Alessandra Teixeira, doutora e mestra em Sociologia pela Universidade de São Paulo (USP), que ministra o curso Michel Foucault e a Genealogia da Alma Moderna na plataforma OMPlay.
O curso propõe uma leitura do eixo genealógico da obra de Michel Foucault, através do estudo de sua analítica do poder, com enfoque prioritário na obra Vigiar e Punir: Nascimento da Prisão, de 1975. No estudo discute-se a atualidade e as principais contribuições da obra, refletindo sobre sua proposta de correlação da emergência de uma nova tecnologia política do corpo à história da “alma” moderna.
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“Foucault destaca que existe uma produtividade do poder e nesse sentido uma positividade do poder. O poder, ele constrói, ele constitui, ele fabrica subjetividades e sujeitos. Ele fabrica o sujeito dócil, adestrado, o delinquente, a mulher histérica, o perverso”, explica Alessandra, ressaltando que quando o filósofo francês fala do poder, “ele se refere a uma esfera de liberdade”.
Dividido em quatro módulos, o curso parte da introdução ao pensamento de Foucault, analisa a obra Vigiar e Punir e usa os conceitos do filósofo para se pensar o presente.
Sobre a autora
Alessandra Teixeira é doutora e mestre em Sociologia pela Universidade de São Paulo (USP) e advogada pela Universidade Mackenzie. É professora-adjunta da Universidade Federal do ABC (UFABC) e bolsista co CNPq desde 2022, desenvolvendo o projeto “Por que se encarceram mulheres? Crime, Controle e Reprodução social”. É coordenadora do grupo de pesquisas do CNPq “Resistências: Controle social, Memória e Interseccionalidades”.
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