Jornalismo

O mau exemplo de Estevão, Abel e do repórter fake da Cazé TV

Treinadores e jogadores tem dificuldade em lidar com perguntas pertinentes e preferem palhaçadas

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Meu nome é Luís Augusto Símon, mas pode chamar de Menon. Sou jornalista há 38 anos e antes eu sonhava em ser jornalista.
O mau exemplo de Estevão, Abel e do repórter fake da Cazé TV
Estevão se despediu do Palmeiras. Reprodução Instagram

O jornalismo sempre foi calcado em repórteres. Pessoas que fazem perguntas, muitas vezes incômodas. Levam esclarecimentos à população. No caso do futebol, informam a milhões de torcedores o que pensam jogadores e treinadores.

Atualmente, os repórteres receberam a concorrência de influencers, pessoas sem preparo algum, que vão ao campo de trabalho para bajular o entrevistado. Alguns levam presentes.

A diferença entre repórter e influencer ficou clara nos últimos dias. E a forma como são tratados pelos entrevistados também.

O repórter Felippe Facincani perguntou a Estevão o que ele poderia ter feito melhor no jogo contra o Chelsea. O jogador ficou olhando com ironia, sorriso no rosto. Depois, virou-se para Abel Ferreira, que estava a seu lado. Com o rosto tampado, ficaram cochichando. 

Enfim, respondeu ao repórter, devolvendo a pergunta. "O que eu poderia ter feito melhor em sua opinião?" Claramente estava incomodado com uma pergunta simples.

Gugu é o influencer que trabalha para a Cazé TV. Faz "reportagens" nos jogos do Fluminense. Na última, chamou Renato que estava indo para o ônibus. Disse que Renato ganhou tudo, sabe tudo e que é muito educado com jornalistas. "Se fosse eu, já tinha estourado com algum" .

É o mesmo que prometeu chamar o goleiro coreano do Ulsan de fabricante de pastel de vento.

E assim segue o circo.

 

 

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